Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.

Aula 45 - Parábola da ovelha e dracma perdida

Ciclo 1 - História: A ovelha perdidaAtividade: PH - Jesus - 19 - O bom Pastor.

Ciclo 2 - História:  Parábola da ovelha desgarrada -  Atividade:  PH - Jesus - 20 - O bom Pastor ou 21 - Parábola da ovelha perdida.

Ciclo 3 - História:  Parábola da ovelha perdida  -  AtividadePH - Jesus - 22 - Parábola da ovelha e dracma perdida.

Mocidade - História: O pastor -  Atividade:   2 - Dinâmica de grupo:  Que ovelha somos?

 

Dinâmicas: Parábola da ovelha perdidaO pastor e as ovelhas.

Mensagens Espíritas: Divino Pastor.

Sugestão de vídeos: - A ovelhinha perdida (Dica: pesquise no Youtube).

- Parábola da ovelha perdida (Dica: pesquise no Youtube)

Sugestão de livro infantil: A parábola da ovelhinha perdida. Clara Esposito. Editora Paulinas.

 

Leitura da Bíblia: Lucas - Capítulo 15


15.3   Então, lhes propôs Jesus esta parábola:


15.4   Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?


15.5   Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo.


15.6   E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.


15.7   Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.


15.8   Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?


15.9   E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.


 15.10   Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.


 

João - Capítulo 10


10.7   Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas.


10.8   Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido.


10.9   Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.


10.10   O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.


10.11   Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.


10.12   O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa.


10.13   O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas.


10.14   Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,


10.15   assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.


10.16   Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.


 

Salmo 23 - (de Davi)


23.1   O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.


23.2   Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso;


23.3   refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.


23.4   Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.


23.5   Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.


23.6   Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre.


 

Tópicos a serem abordados:

- As parábolas são histórias simbólicas que Jesus contava, que contêm ensinamentos morais. Os ensinamentos da parábola da ovelha e da dracma perdida são semelhantes.

- Na parábola da ovelha perdida, o pastor é Jesus, que tem tantos cuidados para conosco, e as ovelhinhas somos nós. As noventa e nove ovelhas representam aqueles que seguem o caminho do bem, pois colocam em prática os ensinamentos do mestre Jesus, já a ovelha perdida é aquela que abandonou o Pastor e escolheu um outro caminho. 

-  Como a ovelhinha perdida, também nós, muitas vezes, desejamos fugir das nossas obrigações, pois ainda temos egoísmo, orgulho, má vontade, preguiça, e outros vícios que nos distanciam do Divino Pastor e nos causam sofrimento. Alguns não fazem os deveres de casa, deixam de fazer as tarefas da escola, desobedecem os pais, não prestam atenção na aula, brigam com os seus irmãos, jogam lixo na rua, enganam os outros, roubam ou danificam objetos que não são seus, maltratam os mais idosos, não cuidam do corpo e do Espírito, não se esforçam no bem.

- Tanto as ''ovelhas perdidas'', como as que estão no bom caminho, fizeram sua escolha (livre-arbítrio) e cada uma vai receber de acordo com suas obras.  Um dia, todos nós vamos alcançar a perfeição, porém alguns demoraram mais e outros  chegaram mais rápido, conforme o seu esforço no bem.

-Jesus encarnou aqui na Terra para nos mostrar qual é o verdadeiro caminho que nos conduz ao reino dos céus. Ele veio realizar a vontade de Deus e seu desejo é que nenhuma destas ovelhinhas se perca. Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não abandona nenhum de seus filhos e sempre nos dá oportunidades de melhorarmos. O nosso Pai celestial não quer a morte ou a condenação eterna do Espírito mau, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade .  Não importa o que tenhamos feito, sempre poderemos nos arrepender, voltar atrás em nossas decisões, e seremos muito bem recebidos, como a ovelhinha fujona. 

- O arrependimento sincero é importante para a melhoria do Espírito, mas não basta dizer que está arrependido é preciso reparar o mal que tenhamos feito, através das boas ações.

-  Se na parábola da dracma perdida uma pobre mulher, ao perder uma pequena moeda, se esforça para encontrá-la e não descansa enquanto não a acha, também Deus, meu filho, nos procura, sem cessar, nos quartos escuros de nossas vidas.

- Nós somos as dracmas perdidas. E é por isso que Deus possui um imenso exército de  Bons Espíritos, os Espíritos da Luz e do Bem que, incessantemente, nos inspiram seus bons pensamentos, ajudando-nos sempre e ensinando-nos a Vontade Divina em suas mensagens. Eles se alegram muitissimo, quando nós o ouvimos e nos arrependemos, porque nossas almas saíram da escuridão do erro, aceitaram a Luz da Verdade e voltaram para as mãos de Deus.

 

Perguntas para fixação:

1. O que são parábolas?

2. Quem é o pastor?

3. Quem são as ovelhas ou as moedas?

4. Por que a ovelha se perdeu?

5. Deus abandona algum dos seus filhos?

6. O que é necessário fazer para após cometer um erro?

7. Por que os Espíritos bons ficam felizes quando nos arrependemos?

 

Subsídio para o Evangelizador:     

               A ovelha desgarrada somos nós, os terrícolas, espíritos rebeldes à Lei de Deus.

                O pastor dessa ovelha é Jesus, o governador do planeta Terra.

                Como é que os lanígeros se perdem?

                Pelo apetite. Atraídos pelas ervas tenras de certas regiões, vão-se afastando cada vez mais do pastor, a ponto de não mais poderem ouvir-lhe a

voz, quando, à tarde, ele os chama para o retorno ao aprisco.  (Parábolas Evangélicas. Cap. 21. Rodolfo Calligaris).

             O mesmo é o pensamento que ditou as parábolas da ovelha desgarrada e da dracma perdida. Visam ao mes­mo fim os ensinamentos que derivam de ambas.

            (...) Ele viera em socorro dos que fraquejam, ou que, apavorados com os obstáculos do caminho, retrocedem. O pai de família cuida com ternura do filho doente e o coração se lhe alvoroça de ventura, quando o vê restabelecido.

            Foi o que fez o Filho bem-amado do Pai, durante a sua missão terrena. Era o que fazia, antes que descesse a desempenhar essa missão, desde que o homem surgiu no planeta, o que continuou a fazer, depois do desempenho daquela missão, e faz ainda agora, por intermédio dos Espíritos do Senhor, que sempre trabalharam e trabalham pelo progresso da nossa Humanidade. Todos os seus cuidados se hão sempre concentrado e concentram nas suas ovelhas; exerce, porém, maior vigilância sobre as que sofrem e as que um mau pastor deixou se per­dessem. Ele as procura e, quando a sua voz amorosa chega a ecoar no coração daquela que se perdera, oh! então, o bom pastor corre para essa que respondeu ao seu chamamento e, tomando-a nos braços, a reconduz ao aprisco, para que não mais se aparte do rebanho.

            Não é da vontade de meu Pai que está nos céus que nenhum destes pequeninos pereça. (Elucidações Evangélicas. Cap. 113. Antônio Luiz Sayão)

            A parábola mostra bem claramente que as almas transviadas não ficarão perdidas no labirinto das paixões, nem nas furnas onde medram os abrolhos. Como a ovelha desgarrada, elas serão procuradas, ainda mesmo que seja preciso deixar de cuidar daquelas que atingiram já uma altura considerável, ainda mesmo que as noventa e nove ovelhas fiquem estacionadas num local do monte, os encarregados do rebanho sairão ao campo em procura da que se perdeu.

            O Pai não quer a morte do ímpio; não quer a condenação do mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade. (Parábolas e ensinos de Jesus. Parábola da ovelha perdida. Cairbar Schutel).

            A Parábola da Ovelha Desgarrada nos mostra os cuidados que Jesus tem conosco. Tudo Ele fez outrora, quando viveu neste mundo, e tudo ainda faz hoje, da Eternidade, para chamar as almas pecadoras ao arrependimento. Jesus é Bom Pastor. Ele deu Sua vida por nós, que somos Suas ovelhinhas.

            A Parábola nos mostra que, longe do Divino Pastor, nós só podemos encontrar sofrimento, perigos, miséria e morte.

            Mas, se nos arrependermos de nossas faltas, não só daremos alegria ao nosso Bom Pastor — JESUS — como também todo o Céu, todos os nossos Amigos e Benfeitores Espirituais se alegrarão imensamente. (Histórias que Jesus contou. Cap. 4. Clóvis Tavares).

            Basta o arrependimento durante a vida para que as faltas do Espírito se

apaguem e ele ache graça diante de Deus?

            “O arrependimento concorre para a melhoria do Espírito, mas ele tem que expiar o seu passado.” (O Livro dos Espíritos. Questão 999. Allan Kardec).

            O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação.

            O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo. Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual

após a morte, ou ainda em nova existência corporal.

            A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se  tem sido orgulhoso, amável se  foi austero, caridoso se  tem sido egoísta, benigno se  tem sido perverso, laborioso se  tem sido ocioso, útil se  tem sido inútil, frugal se  tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado. (O Céu e o inferno. Cap. 7. Código penal da vida futura. Item 16 e 17. Allan Kardec).

            Não há homens que só têm o instinto do mal e são inacessíveis ao arrependimento?

            “Já te disse que todo Espírito tem que progredir incessantemente. Aquele que, nesta vida, só tem o instinto do mal, terá noutra o do bem e é para isso que renasce muitas vezes, pois preciso é que todos progridam e atinjam a meta. A diferença está somente em que uns gastam mais tempo do que outros, porque assim o querem. Aquele, que só tem o instinto do bem, já se purificou, visto que talvez tenha tido o do mal em anterior existência.” ( O Livro dos Espíritos. Questão 993. Allan Kardec).

            O homem perverso, que não reconheceu suas faltas durante a vida, sempre as reconhece depois da morte?

            Sempre as reconhece e, então, mais sofre, porque sente em si todo o mal que praticou, ou de que foi voluntariamente causa. Contudo, o arrependimento nem sempre é imediato. Há Espíritos que se obstinam em permanecer no mau caminho, não obstante os sofrimentos por que passam. Porém, cedo ou tarde, reconhecerão errada a senda que tomaram e o arrependimento virá. Para esclarecê-los trabalham os bons Espíritos e também vós podeis trabalhar.  ( O Livro dos Espíritos. Questão 994. Allan Kardec).

            O tempo de permanência nos planos de sofrimento, depois da morte física, será aquele que a própria criatura quiser, tanto quanto permanecemos num lugar de confusão somente até o dia que desejarmos.

            Repitamos, com a ênfase de inabalável convicção: o tempo que a criatura quiser. Meses, anos, decênios ou séculos. O egoísmo e a perversidade, o ódio e a vingança, elaboram, sem que o homem o perceba, a sua própria condenação.

            A consciência culpada de hoje cairá, amanhã, no inferno que o remorso criou. E, caindo nesse inferno, extraviando-se, sintonizar-se-á com milhares de consciências culpadas que se lhe afinem com a craveira da invigilância e do crime.

            As zonas de sofrimento, na Espiritualidade, estão repletas de almas infernalizadas. Abarrotadas de ovelhas que abraçaram o mal e nele se chafurdaram largo tempo. Egoístas e invejosos, perversos e vingativos, avarentos e sensuais — eis a infeliz população desses planos vibratórios ligados à crosta e à subcrosta da Terra. Deles, contudo, poderão sair quando assim o permitirem as suas próprias forças.

            O Pastor amoroso busca, ansiosamente, a ovelha descuidada, pois lhe conhece a fragilidade. Falanges de Samaritanos excursionam, em nome do Cristo e por Sua inspiração, incansável e consecutivamente, pelos sombrios vales do plano extrafísico, onde vegetam, em horrível promiscuidade, milhões de criaturas. Aquelas, todavia, que venham a abrir o coração ao arrependimento sincero, dali sairão nos braços amoráveis de sublimes mensageiros do Pai, que não deseja se perca uma só de suas ovelhas.

            Tão logo se disponha o ser infeliz a renovar-Se, imediatamente cessará o seu inferno. A criação e destruição do inferno dependem, em princípio, do próprio homem. (...) As “trevas”, a que tantas vezes se referiu Jesus, são o produto exclusivo do desequilíbrio mental de milhões de seres infelizes. Essas almas fracassadas permanecerão, de fato, nessas “trevas”, até o dia em que o desejarem. Mais corretamente, em linguagem doutrinária: até o momento em que tenham forças para se reajustarem mentalmente. (Estudando o Evangelho. Cap. 51. Martins Peralva).

            No livro ''Nosso Lar'', o Espírito André Luiz, que foi médico quando encarnado,  relata que ficou mais de 8 anos consecutivos no umbral (zona inferior) e somente foi resgatado deste local, após o remorso e com o auxílio da oração: ''E, quando as energias me faltaram de todo, quando me senti absolutamente colado ao lodo da Terra, sem forças para reerguer-me, pedi ao Supremo Autor da Natureza me estendesse mãos paternais, em tão amargurosa emergência.

            Quanto tempo durou a rogativa? Quantas horas consagrei à súplica, de mãos-postas, imitando a criança aflita? Apenas sei que a chuva das lágrimas me lavou o rosto; que todos os meus sentimentos se concentraram na prece dolorosa. Estaria, então, completamente esquecido?

            Não era, igualmente, filho de Deus, embora não cogitasse de conhecer-lhe a atividade sublime quando engolfado nas vaidades da experiência humana? Por que não me perdoaria o Eterno Pai, quando providenciava ninho às aves inconscientes e protegia, bondoso, a flor tenra dos campos agrestes?

            Ah! é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança. Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu, emissário dos Céus. Um velhinho simpático me sorriu paternalmente. Inclinou--se, fixou nos meus os grandes olhos lúcidos, e falou:

         - Coragem, meu filho! O Senhor não te desampara.

            Amargurado pranto banhava-me a alma toda. Emocionado, quis traduzir meu júbilo, comentar a consolação que me chegava, mas, reunindo todas as forças que me restavam, pude apenas inquirir:

        - Quem sois, generoso emissário de Deus?

         O inesperado benfeitor sorriu bondoso e respondeu:

        - Chama-me Clarêncio, sou apenas teu irmão.

        E, percebendo o meu esgotamento, acrescentou:

        - Agora, permanece calmo e silencioso. É preciso descansar para reaver energias.

        Em seguida, chamou dois companheiros que guardavam atitude de servos desvelados e ordenou:

        - Prestemos ao nosso amigo os socorros de emergência.

        Alvo lençol foi estendido ali mesmo, à guisa de maca improvisada, aprestando-se ambos os cooperadores a transportarem-me, generosamente.

        Quando me alçavam, cuidadosos, Clarêncio meditou um instante e esclareceu, como quem recorda inadiável obrigação:

        - Vamos sem demora. Preciso atingir "Nosso Lar" com a presteza possível. (Nosso Lar. Cap. 2. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier).

          Se uma pobre mulher, ao perder uma pequena moeda, se esforça para encontrá-la e não descansa enquanto não a acha, também Deus, meu filho, nos procura, sem cessar, nos quartos escuros de nossas vidas. Também Deus acende uma candeia e nos ilumina, pois, nós somos Suas “dracmas perdidas”. Ele quer encontrar-nos, Ele nos quer para Si Mesmo, para o seu Reino, para a Felicidade Eterna que nos reserva.

            É por isso, filhinho, que o Céu tanto se preocupa em iluminar a Terra. É por isso que Deus possui um imenso exército de Benfeitores Celestiais — que são os Bons Espíritos, os Espíritos da Luz e do Bem —que, incessantemente, nos inspiram seus bons pensamentos, ajudando-nos sempre e ensinando-nos a Vontade Divina em suas mensagens.

            Os Benfeitores Espirituais são como que as candeias de Deus. E nós as dracmas perdidas. Nós estamos no chão, na poeira de nossos erros, longe da Luz e da Verdade. Mas, os Benfeitores Espirituais, as candeias de Deus, nos iluminam. Se nós nos entregarmos em suas mãos, se aceitarmos sua Luz e nos arrependermos sinceramente de nossas faltas, eles nos tomam sob sua guarda — eles nos “acham” — e se alegram muitissimo com a nossa regeneração. Há, então, muita alegria no Céu, entre nossos Benfeitores Espirituais, porque nossas almas sairam da escuridão do erro, aceitaram a Luz da Verdade e voltaram para as mãos de Deus. (Histórias que Jesus contou. Cap. 5. Clóvis Tavares).

              

Bibliografia:

- O Céu e o inferno. Cap. 7. Código penal da vida futura. Item 16 e 17. Allan Kardec.

- O Livro dos Espíritos. Questão 993, 994 e 999. Allan Kardec.

- Parábolas Evangélicas. Cap. 21. Rodolfo Calligaris.

- Elucidações Evangélicas. Cap. 113. Antônio Luiz Sayão.

- Parábolas e ensinos de Jesus. Parábola da ovelha perdida. Cairbar Schutel.

- Histórias que Jesus contou. Cap. 4 e 5. Clóvis Tavares.

- Estudando o Evangelho. Cap. 51. Martins Peralva.

- Nosso Lar. Cap. 2. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier.

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