Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.

Aula 6 - Surgimento da Doutrina Espírita *

Ciclo 2 - História:  Navio da marinha imperial Francesa  e/ou Emmanuel Swedenborg -  Atividade: LE- Introdução - Item 4 ou/e       Item 5

Ciclo 3 - História: Irmãs Fox ou Andrew Jackson Davis - Atividade: LE - Introdução - Item 3

Mocidade - História: Histórico do Espiritismo - Atividade: 10 - Seminário de grupo: O evangelizador deverá dividir a classe em três grupos (máximo 5 alunos em cada) e sortear as seguintes biografias: Emmanuel Swedenborg,  Andrew Jackson Davis e Irmãs Fox.


Dinâmicas: Surgimento do Espiritismo;   Espiritismo: Ciência, filosofia e religião.

Biografias: Emmanuel Swedenborg  - Andrew Jackson Davis - Irmãs Fox

Sugestão de vídeos: - Estudando o Espiritismo com a turma do Dequinho (Dica: pesquise no Youtube).

- Música Espírita: O Livro dos Espíritos  (Dica: pesquise no Youtube).

- Música Espírita: Hydesville (Dica: Pesquise no Youtube).

Sugestão de livro infantil: 

- O caso das Irmãs Fox. Marcelino Tristan Vargas. Editora Aliança, 2007.  

 

Leitura da Bíblia: 1Samuel – Capítulo 28


28.7 Então, disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em En-Dor há uma mulher que tem o espírito de adivinhar.


28.8 E Saul se disfarçou e vestiu outras vestes, e foi ele e com ele dois homens, e de noite vieram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo espírito de feiticeira e me faças subir a quem eu te disser.


28.11 A mulher, então, lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faze-me subir a Samuel.


28.12 Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher falou a Saul, dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.


28.13 E o rei lhe disse: Não temas; porém que é o que vês? Então, a mulher disse a Saul: Vejo deuses que sobem da terra.


28.14 E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostrou.


 

Tópicos a serem abordados:

- A crença na existência dos Espíritos e na sua influência sobre a nossa vida é tão antiga quanto o mundo. A mediunidade ( percepção do mundo espiritual) é tão velha quanto o homem.

-  A  Bíblia, que é um conjunto de livros, é considerada um dos maiores registros de fatos espíritas da antiguidade. O profeta Moisés, por exemplo, se comunicava com o espírito de Javé. O rei Saul, consultou um mulher que tem o espírito de advinhar (médium). José, pai de Jesus, tinha visões em sonhos do anjo do Senhor (Mateus 1:20, 2:13).

- O Espiritismo, portanto, não é uma criação moderna, os antigos o conheciam muito bem.

-   Emmanuel Swedenborg (Suécia, 1688-1772) , notável pelo seu saber em diversas áreas da ciência e extraordinário médium vidente (via espíritos e o mundo espiritual) é considerado um dos precursores (iniciadores) do Espiritismo, juntamente com Andrew Jackson Davis (Nova Iorque, 1826-1910), médium vidente e curador, que previu o aparecimento do Espiritismo.

- Em 1848, na América do Norte, ocorreu também um dos primeiros fenômenos espíritas dos tempos modernos. As irmãs Fox, devido a sua mediunidade, eram acompanhadas por  ruídos em sua casa em Nova Iorque, provocados por um Espírito. 

- Segundo Allan Kardec, diante dos fenômenos que deram nascimento a doutrina espírita, o primeiro fato observado foi o da movimentação de objetos diversos, que ficou conhecido por mesas girantes. As mesas se moviam, se elevavam, viravam, davam saltos ou giravam com violência.

- No tempo do bispo Tertuliano (Cartago, província romana, 155-220 d.C.) o fenômeno das mesas girantes já era conhecido.

- Para que uma mesa se movimente ou qualquer outro objeto, é necessário que o Espírito combine uma parte do fluido universal com o fluido que o médium libera.

- Um outro fenômeno de efeitos físicos que se produzia também é o das batidas na própria textura da madeira, no seu interior, sem nenhum movimento da mesa. Para o Espírito produzir o barulho, ele se utiliza também da combinação fluídica e não de um martelo. 

- Por meio das batidas, suspeitou-se que existiam inteligências ocultas. Então, curiosos com o acontecimento, as pessoas começaram a fazer perguntas e os Espíritos respondiam, por um sim ou por não, conforme o número de batidas. Mais tarde, a técnica foi melhorando e os Espíritos respondiam por um determinado número de batidas que correspondiam a cada letra do alfabeto, para compor palavras e frases.   

 -  Depois os Espíritos aconselharam utilizar uma mesinha ao qual se adapta um lápis para se obter as respostas. Utilizaram também cestas e pranchetas, mas perceberam que estes objetos eram apenas apêndices de mão desnecessários e que o médium poderia escrever diretamente, utilizando o lápis (técnica chamada de psicografia).

- Essas manifestações físicas têm por objetivo chamar a nossa atenção para alguma coisa e convencer-nos da presença de um poder superior ao homem.

- Allan Kardec disse que das mesas girantes, que era apenas uma diversão, saiu uma coisa ainda mais séria, uma ciência completa, que é a Doutrina Espírita.

- A investigação dos fatos que revelavam a comunicação dos homens com os Espíritos, realizada por Allan Kardec, resultou na formação da Doutrina Espírita, que é composta por um conteúdo científico, filosófico e religioso.

- Allan Kardec é considerado o codificador desta doutrina, pois ele reuniu em vários livros, os ensinos que foram transmitidos pelos Espíritos.

-  A publicação de ‘’O Livro dos Espíritos’’ em 18 de abril de 1857,  marca a data verdadeira da fundação do Espiritismo.

 

Perguntas para fixação:

1. A crença em espíritos existe desde quando?

2. Onde encontramos registros de que na antiguidade já havia comunicação com os espíritos?

3. Qual família ficou conhecida, nos Estados Unidos, devido as manifestações dos espíritos em sua casa?

4. Qual é o nome do fenômeno que deu origem a doutrina espírita?

5. Quem movia as mesas e provocavam ruídos?

6. O que é preciso para que uma mesa ou um objeto se movimente?

7. De que maneira, primeiramente, os espíritos respondiam as perguntas?

8. Quais objetos foram sugeridos, posteriormente pelos espíritos, para que os médiuns obtivessem as comunicações escritas?

9.  Quem reuniu os ensinamentos dados pelos espíritos e os publicou dando origem a doutrina espírita?

10. Qual o nome do livro que data a verdadeira fundação do espiritismo?  

 

Subsídio para o Evangelizador:

            A crença na existência dos Espíritos e sua intervenção no domínio de nossa vida, mais ainda, o próprio Espiritismo ou a prática da evocação dos Espíritos, almas, anjos ou demônios (Vide definição de anjos e demônios: O Livro dos Espíritos. Livro 2. Cap. 1. Anjos e Demônios. Allan Kardec) , remontam à mais alta antiguidade, e são tão antigas quanto o mundo (Revista Espírita. Janeiro de 1868. O Espiritismo diante da História e da Igreja. Allan Kardec).

           Allan Kardec afirma: "EM TODOS OS TEMPOS HOUVE  MÉDIUNS naturais e inconscientes que, pelo simples fato de produzirem fenômenos insólitos e incompreendidos, foram qualificados de feiticeiros e acusados de pactuarem com o diabo; foi o mesmo que se deu com a maioria dos sábios que dispunham de conhecimentos acima do vulgar. A ignorância exagerou seu poder e, muitas vezes, eles mesmos abusaram da credulidade pública, explorando-a." (O que é o Espiritismo. Cap. 1. Allan Kardec)

            "Aliás, não foi o Espiritismo que inventou a manifestação dos Espíritos, nem é a causa de sua comunicação. Ele apenas constata um fato que se produziu em todos os tempos, porque está em a Natureza. Para que o Espiritismo deixasse de existir, fora preciso que os Espíritos parassem de se manifestar. Se essa manifestação oferece perigos, não se deve acusar por isso o Espiritismo, mas a Natureza. A ciência da eletricidade é a causa dos danos causados pelo raio? Certamente que não. Ela dá a conhecer a causa do raio e ensina os meios de desviá-lo. O mesmo ocorre com o Espiritismo. Ele dá a conhecer a causa de uma influência perniciosa que age sobre o homem, malgrado seu, e lhe indica os meios de contra ela se proteger, ao passo que se a ignorasse sofreria os seus efeitos e a ela estaria exposto sem suspeitar.
            A influência dos maus Espíritos faz parte dos flagelos a que o homem está exposto aqui embaixo, como as doenças e os acidentes de toda sorte, porque está numa terra de expiação e de provação, onde deve trabalhar por seu adiantamento moral e intelectual. Mas, ao lado do mal, em sua bondade, Deus sempre põe o remédio; ele deu ao homem a inteligência para descobri-lo. É a isto que conduz o progresso das ciências. O Espiritismo vem indicar o remédio a um desses males. Ele ensina que para a ele subtrair-se e neutralizar a influência dos maus Espíritos, é preciso tornar-se melhor, dominar suas más inclinações e praticar as virtudes ensinadas pelo Cristo: a humildade e a caridade. Então a isto chamais de maus resultados? (...) Ora, hoje a experiência vem demonstrar que os Espíritos são as almas dos homens, e essa é razão pela qual há tantos imperfeitos. " (Revista Espírita. Outubro de 1865. Partida de um adversário do Espiritismo para o mundo dos Espíritos. Allan Kardec)

            A Bíblia é um dos maiores repositórios de fatos espíritas de toda bibliografia religiosa (Visão Espírita da Bíblia - Como a Palavra de Deus Ficou Sujeita ao Homem. José Herculano Pires ).

            Desde os gregos antigos se registram as consultas a oráculos (1) e historicamente a mais antiga e famosa de que se tem notícia é a de Delfos (2). Também Saul (1150 a.C.), rei dos hebreus, no Velho Testamento, consulta a pitonisa de Endor, como vemos em I Samuel: 28, para saber de sua sorte. Neste episódio o próprio Espírito do profeta Samuel, evocado pela pitonisa vem aconselhar a Saul. Ainda no Velho Testamento temos a consulta mediúnica em muitas outras passagens, por exemplo, em Números 11: 26 a 29 e em 22: 23 a 35. Também os profetas bíblicos eram médiuns. Isto põe à mostra que a mediunidade é tão velha quanto o Homem como atestam os dados bíblicos e históricos e também nos escritos tradicionais de chineses e de indianos com mais de 10.000 anos há referências a seres celestiais que se manifestavam aos homens. (O Livros dos Médiuns. Cap. 7. Bicorporeidade e transfiguração. Nota do editor. Petit Editora 2004. Allan Kardec) .

            O Espírito de Emmanuel relata que para os sacerdotes egípcios da antiguidade ''o  destino e a comunicação dos mortos, assim como a pluralidade das existências e dos mundos, eram para eles problemas solucionados e conhecidos'' (A caminho da Luz. Cap.4 . Os Egípcios e as ciências psíquicas . Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).

            O Espiritismo, pois, não é uma criação moderna; tudo prova que os antigos o conheciam tão bem, ou talvez melhor que nós; somente ele não era ensinado, senão com precauções misteriosas que o tornavam inacessível ao vulgo, abandonado de propósito no lamaçal da superstição (O que é o espiritismo. Cap. 1.Pequena conferência espírita. Allan Kardec).

            No livro História do Espiritismo, Arthur Connan Doyle considera três médiuns como precursores da Doutrina Espírita: Emmanuel Swedenborg, Edward Irving e Andrew Jackson Davis (https://www.omensageiro.com.br/cursos/csde/117.htm).

            Segundo Allan Kardec, diante dos fenômenos que deram nascimento a doutrina espírita. O primeiro fato observado foi o da movimentação de objetos diversos. Designaram-no vulgarmente pelo nome de mesas girantes ou dança das mesas. Este fenômeno, que parece ter sido notado primeiramente na América (Vide: A História das irmãs Fox, nos Estados Unidos em 1848 - https://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/irmasfox.html), ou melhor, que se repetiu nesse país, porquanto a História prova que ele remonta à mais alta antigüidade, se produziu rodeado de circunstâncias estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva (Livro dos Espíritos. Introdução. Item 3. Allan Kardec).

            O fenômeno das mesas girantes e falantes era conhecido no tempo de Tertuliano (3) e, na China, desde tempos imemoriais (Vide: Revista Espírita. Outubro de 1859. As mesas volantes. Allan Kardec) . Na Tartária e na Sibéria (Ásia Central)  conheciam as mesas volantes (Revista Espírita. Agosto de 1868. O Jornal Solidarité. Allan Kardec).

            Esse baile de mesas já era célebre em Roma, nos primeiros séculos de nossa era, e eis como, no capítulo XXIII da Apologética, exprimia-se Tertuliano, ao falar dos médiuns de seu tempo: “Se é dado aos mágicos o poder de fazer com que os fantasmas apareçam, de evocar a alma dos mortos, de forçar a boca das crianças a dar oráculos; se esses charlatães imitam um grande número de milagres, que parecem devidos aos círculos e às correntes que as pessoas formam entre si; se induzem sonhos, se fazem conjurações, se têm às suas ordens Espíritos mentirosos e demônios, pela virtude dos quais as cadeiras e as mesas que profetizam são um fato vulgar, etc.” (Revista espírita. Março de 1860. Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Allan Kardec).

            As manifestações físicas tem por fim chamar a nossa atenção para alguma coisa e convencer-nos da presença de um poder superior ao homem. Atingida essa finalidade, cessa a manifestação, que não é mais necessária. (Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap.5. Manifestações físicas espontâneas . Item 85. Allan Kardec).

            Para que o fenômeno ocorra, é necessária a intervenção de uma ou mais pessoas dotadas de uma aptidão especial, que se designam com o nome de médiuns (4). Os médiuns desfrutam de um poder maior ou menor e produzem,por conseguinte, efeitos mais ou menos perceptíveis; muitas vezes um médium poderoso produz sozinho muito mais do que vinte pessoas reunidas; bastará ele colocar as mãos sobre a mesa para que num instante ela se mova, se eleve, vire, dê saltos ou gire com violência. ( O Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap.2. Mesas Girantes).

            Como um Espírito pode operar o movimento de um corpo sólido?

            Ele combina uma parte do fluido universal com o fluido que o médium libera, próprio para esse efeito.

            Os Espíritos levantam a mesa com a ajuda de seus braços de algum modo solidificados?

            (...) Quando uma mesa se move sob vossas mãos, o Espírito vai buscar no fluido universal o que precisa para dar a essa mesa uma vida artificial, provisória. Com a mesa assim, impregnada de vida artificial, o Espírito a atrai e a move, sob a influência de seu próprio fluido, de acordo com a sua vontade. Quando a massa que quer pôr em movimento é muito pesada para ele, é ajudado por Espíritos do seu padrão. (O Livro dos Médiuns. Parte 2ª. Cap. 4. Itens 8 e 9. Espírito São Luís. Allan Kardec).

            Um outro fenômeno que se produz muito freqüentemente conforme a natureza do médium é o das batidas na própria textura da madeira, no seu interior, sem nenhum movimento da mesa; essas batidas, algumas vezes fracas, outras vezes mais fortes, são igualmente ouvidas em outros móveis do aposento, nas portas, nas paredes e no teto (O Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap.2. Mesas Girantes. Allan Kardec).

            Como o Espírito faz para bater? Ele se serve de um objeto material? Não; da mesma forma que não usa os braços para levantar a mesa, não tem um  martelo à sua disposição. Seu martelo é o fluido combinado colocado em ação por sua vontade para mover ou para bater. Quando ele move um objeto, a luz vos traz a visão dos movimentos; quando bate, o ar vos traz o som. (O Livro dos Médiuns. Parte 2ª. Cap. 4. Item 22. Espírito São Luís. Allan Kardec).

            Por meio das batidas e especificamente dos estalos no interior da madeira de que acabamos de falar, constatamos efeitos ainda mais inteligentes, como a imitação do rufar de tambores, do detonar de armas de guerra com fogo de fila ou do pelotão, da descarga de canhões; depois, o ruído de uma serra, as batidas de martelo, o ritmo de diferentes melodias etc. Era, como se compreende, um vasto campo aberto à exploração. Depois se presumiu que, uma vez que aí houvesse uma inteligência oculta, deveria poder responder a perguntas, e ela respondeu, de fato, por sim ou não, de acordo com um número de batidas convencionadas. Eram respostas bem insignificantes, por isso surgiu a idéia de fazer designar por batidas cada uma das letras do alfabeto e de compor, assim, palavras e frases.

            Eles mesmos (os Espíritos) indicaram outros meios, e assim se deve a eles a descoberta das comunicações escritas. As primeiras comunicações assim recebidas aconteceram prendendo-se um lápis ao pé de uma mesa leve, colocada sobre uma folha de papel. A mesa, uma vez em movimento pela influência de um médium, punha-se a traçar caracteres, depois palavras e frases. Simplificou-se sucessivamente esse processo, com mesinhas do tamanho da mão, feitas para isso , depois com cestas, caixas de papelão e, por fim, com simples pranchetas. A escrita era tão corrente, tão rápida e tão fácil como a manual, mas reconheceu-se mais tarde que todos esses objetos eram, definitivamente, apenas apêndices, verdadeiras lapiseiras desnecessárias desde que o próprio médium segurasse com a sua mão o lápis; a mão levada por um movimento involuntário escrevia sob o impulso dado pelo Espírito e sem a ajuda da vontade ou do pensamento do médium (5) ( O Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap.3. Manifestações Inteligentes. Itens 68 e 71. Allan Kardec).

            Allan Kardec afirma que: ''(...) das mesas girantes saiu uma coisa ainda mais séria: uma ciência completa, uma perfeita doutrina filosófica, do máximo interesse para os homens que refletem. Quando estes nada mais tiveram a aprender no giro das mesas, não mais com elas se ocuparam. Para as pessoas fúteis, que nada querem aprofundar, esse fenômeno era um passatempo, um divertimento que abandonaram quando dele se aborreceram; são pessoas com as quais a ciência não conta. O período de curiosidade teve seu tempo; sucedeu-lhe o da observação. O Espiritismo entrou, então, no domínio da gente séria, que não o toma como objeto de divertimento, mas, sim, como meio de instruir-se'' (O que é o Espiritismo. Cap.1. Pequena Conferência Espírita. Allan Kardec).

            As instruções que promanam dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Introdução. Allan Kardec).

            A investigação rigorosamente racional e cientifica de fatos que revelavam a comunicação dos homens com os Espíritos, realizada por Allan Kardec, resultou na estruturação da Doutrina Espírita, sistematizada sob os aspectos científico, filosófico e religioso (Obras Póstumas. Nota Explicativa. Editora IDE, 2008. Allan Kardec).

            Allan Kardec afirma que : ''A todas as perguntas que dizem respeito à Doutrina Espírita, jamais respondemos conforme nossas próprias idéias, contra as quais estamos sempre em guarda. Limitamo-nos a transmitir o ensino que nos é dado pelos Espíritos, não os aceitando de forma leviana e com irrefletido entusiasmo'' (Revista Espírita. Março de 1858. Júpiter e alguns outros mundos. Allan Kardec) .

            O aparecimento de O livro dos Espíritos (18 de Abril de 1857) data a verdadeira fundação do Espiritismo (...) (Obras póstumas. Biografia de Allan Kardec. Allan Kardec). 

               

Observação (1): O oráculo era um local, geralmente em templos ou pequenos altares, onde era tido que os deuses respondiam às perguntas que lhes faziam. Eram lugares sagrados e as respostas eram dadas por intermédio de pitonisas ou sibilas, profetisas, geralmente mulheres, que sabemos hoje eram em verdade médiuns psicofônica (Livros dos Médiuns. Cap. 7. Bicorporeidade e transfiguração. Nota do editor. Petit Editora 2004. Allan Kardec).

 

Observação (2): Delfos era o mais importante centro religioso da Grécia antiga. Entre os séculos 8 a.C. e 2 a.C., ele foi muito procurado por pessoas que supostamente recebiam previsões sobre o futuro, conselhos e orientações. A cidade de Delfos era a sede do principal templo grego, dedicado ao deus Apolo, e em cujos subterrâneos funcionava o famoso oráculo. Na mitologia, o local pertencia originariamente a Gaia (divindade que representa a Terra) e era guardado por sua filha, a serpente Píton. O deus Apolo, associado ao dom da profecia, teria assumido o controle do lugar após matar a serpente, que caiu numa fenda do solo e teria entrado em decomposição, passando a emitir vapores intoxicantes. Os gregos acreditavam que quando uma sacerdotisa - uma mulher de vida irrepreensível escolhida entre as camponesas - inalava tais gases, ela tinha seu espírito possuído por Apolo, que fazia as profecias por meio dela. "A forma mais conhecida de consulta consistia em fazer uma pergunta à sacerdotisa, conhecida como pítia.

(https://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-era-o-oraculo-de-delfos).

 

Observação (3): Tertuliano (155-220 d.c.): bispo  e um dos doutores (ou pais) da Igreja, de grande cultura e eloqüência. Defendia a teoria do montanismo, que aceitava as manifestações e a atuação do Espírito nas obras e ações dos homens, o que lhe valeu ser considerado herege ( Livro dos Médiuns. Cap. 2. Mesas Girantes. Nota do editor. Petit Editora 2004. Allan Kardec). Nasceu em Cartago, província romana da África (https://pt.wikipedia.org/wiki/Tertuliano).   

 

Observação (4): São chamados de médiuns de efeitos físicos aqueles especialmente aptos a produzirem fenômenos materiais, tais como os movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. (Vide: O Livro dos Médiuns. 2ª parte. Cap. 14. Item 160. Allan Kardec).

 

Observação (5): Chama-se de psicografia indireta o uso de cestas, mesinhas ou pranchetas e psicografia direta a obtida pelo próprio médium (Vide: O Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap. 13. Itens 152 a 158. Allan Kardec). A escrita direta ou pneumatografia se produz espontaneamente, sem a ajuda da mão do médium nem do lápis. (...) bastava um simples pedaço de papel, dobrado ou não, para que nele, após alguns minutos, aparecesse a escrita ( Vide: O Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap. 8, item 127. Cap. 12, item 148) .

 

Bibliografia:

- O que é o espiritismo. Cap. 1.Pequena conferência espírita. Allan Kardec

- O Livro dos Espíritos. Introdução, item 3. Livro 2, Cap. 1, Anjos e Demônios. Allan Kardec

- O Livros dos Médiuns. 2ª Parte: Cap.2. Mesas Girantes; Nota do Editor . Cap.3, itens 68 e 71. Cap. 4, item 22.  Cap.5, item 85. Cap. 7. Bicorporeidade e transfiguração. Nota do editor. Petit Editora 2004. Cap. 12, 148. Cap. 13,  Itens 152 a 158. Cap. 14, Item 160. Allan Kardec

- Obras póstumas. Biografia de Allan Kardec. Allan Kardec

- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Introdução. Allan Kardec

- Revista Espírita. Março de 1858. Júpiter e alguns outros mundos. Allan Kardec

- Revista Espírita. Outubro de 1859. As mesas volantes. Allan Kardec

- Revista Espírita. Janeiro de 1868. O Espiritismo diante da História e da Igreja. Agosto de 1868, O Jornal Solidarité. Allan Kardec

- Revista Espírita. Outubro de 1865. Partida de um adversário do Espiritismo para o mundo dos Espíritos. Allan Kardec

- Revista Espírita. Março de 1860. Boletim da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Allan Kardec

- Visão Espírita da Bíblia - Como a Palavra de Deus Ficou Sujeita ao Homem. José Herculano Pires

-  A caminho da Luz. Cap.4 . Os Egípcios e as ciências psíquicas . Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier

- Bíblia: 1Samuel 28; Números 11:26 a 29, 22:23 a 35

Sites: https://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/irmasfox.html ;

https://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-era-o-oraculo-de-delfos;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tertuliano. Data da consulta: 23/02/14.

https://www.omensageiro.com.br/cursos/csde/117.htm. Data da consulta: 30/05/14.

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