Quando a pureza estiver conosco

28/07/1952

 

 Quando a pureza estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a desventura respeitável do nosso irmão.

 Quando a pureza morar em nossos ouvidos receberemos a calúnia e a maldade nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam sem o exato conhecimento de nossas intenções.

 Quando a pureza demorar-se em nossa boca, a maledicência surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável do amigo que nos procura, veiculando-lhe o veneno, e saberemos fazer o silêncio bendito com que possamos impedir a extensão do mal.

 Quando a pureza associar-se ao nosso raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a deplorável visitação da sombra, diante da qual acenderemos a luz de nossa fé para a justa resistência.

 Quando a pureza respirar em nosso coração, o endurecimento espiritual jamais encontrará guarida em nossa alma, porque o calor de nosso carinho irradiar-se-á em todas as direções, estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos nossos irmãos que ainda se confiam à ignorância.

 Quando a pureza brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para o abençoado serviço do amor que o Mestre nos legou.

 “Bem-aventurados os puros de coração”,  proclamou o divino Amigo. Sim, bem-aventurados os que esposam o bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a própria derrota em vitória, criando, invariavelmente, o céu onde se encontram e apagando os variados infernos que a miséria e a crueldade inflamam na Terra para tormento da vida.

(Deus conosco . Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

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