De acordo com Herculano Pires, "Não se pode curar obsessões com sal grosso, folhas de arruda, incenso ou explosão de pólvora, nem com medalhas, crucifixos ou água benta. A obsessão é um processo inteligente desencadeado por espíritos – o que vale dizer por inteligências extrafísicas que não são atingidas por essas coisas. Pois eles vivem no plano espiritual, não no material e conhecem o problema da comunicação mediúnica e do envolvimento fluídico. Só podemos afastar uma entidade obsessiva pela persuasão e a prece, procurando esclarecê-la ao invés de dar-lhe ordens que só que fazem irritá-la." (O Centro Espírita. Cap. 9. J. Herculano Pires)
Allan Kardec afirma: " (...) a prece fervorosa e os esforços sérios por se melhorar são os únicos meios de afastar os maus Espiritos, que reconhecem seus mestres naqueles que praticam o bem, ao passo que as fórmulas lhes provocam o riso. A cólera e a impaciência os excitam. É preciso cansá-los, mostrando-se mais pacientes do que eles." (Revista Espírita. Dezembro de 1862. Estudo sobre os possessos de Morzine. Allan Kardec)
"Não creiais na virtude de nenhum talismã, nenhum amuleto, nenhum signo, nenhuma palavra para afastar os maus Espíritos. A pureza de coração e de intenção, o amor de Deus e do próximo, eis o melhor talismã, porque lhes tira todo Império sobre as nossas almas." (Revista Espírita. Maio de 1863. Estudo sobre os possessos de Morzine. Allan Kardec)
" A crítica malévola teve prazer em representar as comunicações espíritas como cercadas pelas práticas ridículas e supersticiosas da magia e da necromancia. Se aqueles que falam do Espiritismo sem o conhecer se tivessem dado ao trabalho de estudar aquilo de que querem falar, ter-se-iam poupado esforços de imaginação ou alegações que servem somente para provar sua ignorância ou sua má vontade. Para a edificação das pessoas alheias à ciência, diremos que não há, para se comunicar com os Espíritos, nem dias, nem horas, nem lugares que sejam mais propícios do que outros; que não é preciso, para evocá-los, nem fórmulas, nem palavras sacramentais ou cabalísticas; que não se precisa de nenhuma preparação nem de nenhuma iniciação; que o emprego de todo sinal ou objeto material, quer para atraí-los, quer para repeli-los, é sem efeito, e o pensamento basta; enfim, que os médiuns recebem as comunicações deles sem sair de seu estado normal, tão simples e naturalmente como se elas fossem ditadas por uma pessoa viva. Unicamente o charlatanismo poderia afetar maneiras excêntricas e acrescentar acessórios ridículos. " (O Céu e o inferno. Cap. 10. Item 10. Allan Kardec)
Aliás, para realizar a cura de doenças, os Espíritos Superiores ensinam apenas a simples imposição de mãos usada e ensinada por Jesus. Allan Kardec explica que as pessoas não diplomadas podem tratar "os doentes pelo magnetismo; pela água magnetizada, que não é senão uma dissolução do fluido magnético; pela imposição das mãos, que é uma magnetização instantânea e poderosa; pela prece, que é uma magnetização mental". (Revista Espírita. Julho de 1867. A lei e os médiuns curadores. Allan Kardec)
Segundo Herculano Pires, "Todas as formas rituais do passado mágico e religioso não passam de adendos pretensiosos dos homens à técnica natural e simples do Evangelho. " (Ciência espírita e suas implicações terapêuticas. Cap. 8. J. Herculano Pires)