Moradas do Universo

        Quando, em 1972, o cientista germano-americano Werner Von Braun esteve no Brasil, foi entrevistado acerca do que pensava a respeito da possibilidade da existência de vida em outros planetas.

        Declarou então:  Basta pensar que o sol é apenas uma, entre milhares de estrelas que brilham por milhares e milhares de galáxias.

        A vida é uma maravilha tão extraordinária que seria para mim propriamente inconcebível limitar, aos habitantes deste nosso planetinha, o dom da vida. Por quê? Não há nenhuma razão de ser.

        Infelizmente,  disse ainda,   não posso demonstrar cientificamente a existência da vida em outros corpos celestes, mas estou absolutamente convencido de que ela existe fora da Terra.

        Mais cedo ou mais tarde, a inteligência humana receberá uma informação segura, cientificamente averiguável, da presença de outras inteligências no Cosmos, que estamos apenas começando a explorar.

        À semelhança dele, muitos sábios creem que existe vida além da Terra.

        Por todo o mundo, pesquisadores procuram incessante e ardorosamente indícios de vida extraterrena.

        A conclusão de muitos é esta:  Há poucas possibilidades de que a Terra seja o único planeta habitado em nosso Universo .

        Sobretudo levando-se em conta o fato de que há dezenas de bilhões de galáxias, que contam, cada uma, dezenas de bilhões de estrelas, com os planetas correspondentes.

        Se ninguém pode se gabar de ter, até hoje, comprovado se há vida além, no Universo, um delicado cantor, há quase 20 séculos, afirmou com todas as letras:  Há muitas moradas na casa de meu pai.

        Conforme as anotações do evangelista João, teria ainda acrescentado o Rabi da Galiléia:  Se assim não fosse, já eu vos teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar.

        Ora, a casa do pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento desses Espíritos.

        Jesus lecionou, portanto, que somos cidadãos do Universo, filhos de Deus, que transitamos pelos vários mundos, no intuito de progredir.

        Quando, em um mundo, haja o Espírito absorvido toda a sabedoria que ele comporta, parte para outro, a fim de prosseguir a crescer, até atingir a perfeição.

        Contemplando, pois, as estrelas, nas noites luminosas, guardemos a certeza de que estaremos olhando para domicílios que já frequentamos ou lares que nos abrigarão no futuro.

        Compete-nos exaltar ainda e sempre a infinita bondade de Deus, que semeia mundos pelo Universo, como um celeste semeador em campo produtivo.

(Redação do Momento Espírita com base no artigo A opinião do famoso Von Braun,  publicado no Anuário Espírita,   ano 1974, ed. Ide e nos itens 1 e 2 do cap. III de O Evangelho segundo o Espiritismo,  de Allan Kardec, ed. Feb. Em 25.02.2009.)

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