Justiça e amor III

 Enquanto alimentamos o mal em nossos pensamentos, palavras e ações, estamos sob os choques de retorno das nossas próprias criações, dentro da vida.

 As dores que recebemos são a colheita dos espinhos que arremessamos.

 Agora ou amanhã, recolheremos sempre o fruto vivo de nossa sementeira.

 Há plantas que nascem para o serviço de um dia, quais os legumes que aparecem para o serviço da mesa, enquanto outras surgem para as obras importantes do tempo, quais as grandes árvores, nutridas pelos séculos, destinadas à solução dos nossos problemas de moradia.

 Assim também praticamos atos, cujos reflexos nos atingem, de imediato, e mobilizamos outros, cujos efeitos nos alcançarão, no campo do grande futuro.

 Em razão disso, enquanto falhamos para com as Leis que nos regem, estamos sujeitos ao tacão da justiça.

 Só o amor é bastante forte para libertar-nos do cativeiro de nossos delitos. 

 A Justiça edifica a penitenciária. O amor levanta a escola.

 A justiça tece o grilhão. O amor traz a bênção.

 Quem fere a outrem encarcera-se nas consequências lamentáveis da própria atitude.

 Quem ajuda adquire o tesouro da simpatia.

 Quem perdoa eleva-se.

 Quem se vinga desce aos despenhadeiros da sombra.

 Tudo é fácil para aquele que cultiva a verdadeira fraternidade, porque o amor pensa, fala e age, estabelecendo o caminho em que se arrojará, livre e feliz, à glória da vida eterna.

 Quem deseje, pois, avançar para a Luz, aprenda a desculpar, infinitamente, porque o Céu da liberdade ou o inferno da condenação residem na intimidade de nossa própria consciência.

 Por isso mesmo, o Mestre Divino ensinou-nos a pedir na oração dominical: — “Pai, perdoa as nossas dívidas, assim como devemos perdoar aos nossos devedores.” 

(O Evangelho por Emmanuel.  Volume I. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )

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