Valorizamos o ágape comum, em que se debatem assuntos corriqueiros de vivência humana.
Como desinteressar-nos dos encontros espíritas, nos quais se ventilam questões fundamentais da vida eterna?
A reunião espírita não é um culto estanque de crença embalsamada em legendas tradicionalistas. Define-se como sendo assembléia de fraternidade ativa, procurando na fé raciocinada a explicação lógica aos problemas da vida, do ser e do destino.
Todos somos chamados a participar dela.
Falar e ouvir.
Ensinar e aprender
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Estamos defrontados no Espiritismo por uma tarefa urgente: desentranhar o pensamento vivo de Allan Kardec dos princípios que lhe constituem a codificação doutrinária, tanto quanto ele, Kardec, buscou desentranhar o pensamento vivo do Cristo dos ensinamentos contidos no Evangelho.
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Capacitemo-nos de que o estudo reclama esforço de equipe. E a vida em equipe é disciplina produtiva, com esquecimento de nós mesmos, em favor de todos.
Destacar a obra e olvidar-nos.
Compreender que a realização e educação solicitam entendimento e apoio mútuo.
Associarmo-nos sem a pretensão de comando.
Aceitar as opiniões claramente melhores que as nossas; resignarmo-nos a não ser pessoa providencial.
Em hipótese alguma, admitir-nos num conjunto de heróis e sim num agrupamento de criaturas humanas,em que a experiências difíceis podem ocorrer a qualquer momento.
Nunca menosprezar os outros, por maiores as complicações que apresentem. Por outro lado, aceitar com sinceridade e bom-humor as críticas que outros nos enderecem.
Esquecer as velhas teclas da maldição aos perversos, da sociedade corrompida, da humanidade a caminho do abismo ou do tudo deve ser feito como os guias determinaram.
Não subestimar o perigo do mal, todavia, procurar o bem acima de tudo e favorecer-lhe a influência; não ignorar os erros da coletividade terrestre, mas identificar-lhe o benefícios e auxiliá-la no aperfeiçoamento preciso; não cerrar os olhos aos enganos da Humanidade, contudo, reconhecer que o progresso é lei e colaborar com o progresso, em todas as circunstâncias; não fugir ao agradecimento devido aos benfeitores e amigos desencarnados, entretanto, não abdicar do raciocínio próprio e nem desertar da responsabilidade pessoal a pretexto de humildade e gratidão para com eles.
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Somos trazidos à escola espírita, a fim de auxiliarmos e sermos auxiliado, na permuta de experiências e aquisição de conhecimento.
Este livro é uma demonstração disso. Encontro informal entre companheiros encarnados e desencarnados, em torno da obra libertadora de Allan Kardec.
Explanações, definições, idéias e comentários. Em suma, convite sintético ao estudo.
Estudar para aprender. Aprender para trabalhar. Trabalhar para servir sempre mais.
Estude e viva.
Pense no valor de sua cooperação na melhoria e no engrandecimento da equipe de que participa, esteja ela constituída no templo doutrinário ou em seu culto doméstico de elevação espiritual.
Não esquecer que o seu auxílio ao grupo deve ser tão substancial e tão importante quanto o auxílio que o grupo está prestando a você.
André Luiz
Uberaba, 11 de fevereiro de 1965.
(Estude e viva. Página recebida pelo médium Waldo Vieira.)