Divulgação espírita

O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. XXIV — Item 1

 Há companheiros que se dizem contrários à divulgação espírita.
 Julgam vaidade o propósito de se lhe exaltar os méritos e agradecer os benefícios nas iniciativas de caráter público.
 Para eles, o Espiritismo fala por si e caminhará por si.
 Estão certos nessa convicção mas isso não nos invalida o dever de colaborar na extensão do conhecimento espírita com o devotamento que a boa semente merece do lavrador.
 O ensino exige recintos para o magistério.
O Espiritismo deve ser apresentado por seus profitentes em sessões públicas.
 A cultura reclama publicações.
O Espiritismo tem a sua alavanca de expansão no livro que lhe expõe os postulados.
A arte pede representações.
O Espiritismo não dispensa as obras que lhe exponham a grandeza.
A indústria requisita produção que lhe demonstre o valor.
O Espiritismo possui a sua maior força nas realizações e no exemplo dos seus seguidores, em cujo rendimento para o bem comum se lhe define a excelência.
 Não podemos relaxar a educação espírita, desprezando os instrumentos da divulgação de que dispomos a fim de estendê-la e honorificá-la.
 Allan Kardec começou o trabalho doutrinário publicando as obras da Codificação e instituindo uma sociedade promotora de reuniões e palestras públicas, uma revista e uma livraria para a difusão inicial da Revelação Nova.
 Mas não é só. Que Jesus estimou a publicidade, não para si mesmo, mas para o Evangelho, é afirmação que não sofre dúvida.
 Para isso, encetou a sua obra aliciando doze agentes respeitáveis para lhe veicularem os ensinamentos e ele próprio fundou o cristianismo através de assembleias públicas. O “ide e pregai”  nasceu-lhe da palavra recamada de luz.
 E compreendendo que a Boa Nova estava ameaçada pela influência judaizante em vista da comunidade apostólica confinar-se de modo extremo aos preceitos do Velho Testamento, após regressar às Esferas Superiores, comunicou-se numa estrada vulgar, chamando Paulo de Tarso  para publicar-lhe os princípios junto à gentilidade a que Jerusalém jamais se abria.
 Visto isso, não sabemos como estar no Espiritismo sem falar nele ou, em outras palavras, se quisermos preservar o Espiritismo e renovar-lhe às energias, a benefício do mundo, é necessário compreender-lhe as finalidades de escola e toda escola para cumprir o seu papel precisa divulgar.
(Opinião espírita. Espírito André Luiz. Psicografado por Waldo Vieira)

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