Dinâmica - Os "Milagres" do Profeta Elias

Objetivo: Perceber que os fatos considerados sobrenaturais que ocorreram com o profeta Elias, podem ser explicados pelas leis naturais, pois, segundo a Doutrina Espírita, milagres não existem.
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 35min.
Material: 4 passagens do Antigo Testamento (imprimir em papel A4), 4 explicações (imprimir em papel A4) e 4 cartões com as palavras: LETARGIA, FENÔMENO DE TRANSPORTE, FENÔMENO DA NATUREZA, MEDIUNIDADE (imprimir  em papel A4).
Descrição: O Evangelizador deverá distribuir 4 cartões para cada aluno: LETARGIA, FENÔMENO DE TRANSPORTE, FENÔMENO DA NATUREZA, MEDIUNIDADE . Depois deverá escrever na lousa (ou em outro material, por exemplo: papel A4), uma das passagens e pedir para que os alunos leiam (em silêncio) e mostrem  o cartão do ''fenômeno'' que acreditam que possa explicar aquele fato extraordinário, pois milagres não existem. Aqueles que acertarem, continuarão na brincadeira, e o Evangelizador deverá escolher um dentre eles, para explicar aquele fenômeno (se conseguir, ganhará um ponto a mais). Se o aluno não  souber explicar,  logo em seguida, deverá escolher outro e assim por diante. Depois, peça para um deles (preferencialmente aquele que errou)  ler o texto da explicação. Deverá continuar o mesmo procedimento para as demais passagens bíblicas. Vencerão aqueles que permanecerem no final da brincadeira e tiverem mais pontos.  
Obs.1: Cada passagem que acertar, o aluno ganhará um ponto.
Obs.2: Se todos os alunos errarem e ainda houver passagens para serem lidas, dê a oportunidade para todos recomeçarem novamente.

Passagem 1:
E (Elias) clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?
Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: Ó Senhor meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele.
E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu.
E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu à sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive. (1 Reis 17:20-23)
LETARGIA - Explicação: Contrário seria às leis da Natureza e, portanto, milagroso, o fato de voltar à vida corpórea um indivíduo que se achasse realmente morto.  (A Gênese. Cap. 15. Item 39. Allan Kardec).  A ressurreição do filho da viúva, realizada por Elias, pode ser comparada a outras ressurreições relatadas na Bíblia e explicada da seguinte forma: “Em certos estados patológicos, quando o Espírito não está mais no corpo, e o perispírito apenas a ele adere por alguns pontos, o corpo têm todas as aparências da morte e afirma-se uma verdade absoluta, dizendo que a vida está por um fio. Este estado pode durar mais ou menos tempo; certas partes do corpo podem mesmo entrar em decomposição sem que a vida esteja definitivamente extinta. Enquanto se não romper o último fio, o Espírito pode, quer por uma ação enérgica da sua própria vontade, quer por um influxo fluídico estranho (fluído vital), igualmente poderoso, ser de novo chamado ao corpo. Assim se explicam certos prolongamentos da vida contra toda a probabilidade, e certas supostas ressurreições."    (Parábolas e ensinos de Jesus. A ressurreição de Lázaro. Cairbar Schutel). Na letargia, o corpo não está morto, porquanto há funções que continuam a executar-se. Sua vitalidade se encontra em estado latente, como na crisálida, porém não aniquilada. Ora, enquanto o corpo vive, o Espírito se lhe acha ligado.  (O Livro dos Espíritos. Questão 423. Allan Kardec).

Passagem 2:
Elias, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma jarra de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. (1 Reis 19:4-6)
FENÔMENO DE TRANSPORTE - Explicação: Poder-se-ia considerar como fenômenos de transporte o maná de que se alimentam os israelitas em sua jornada para Canaã, o pão e vaso d'água, colocados ao pé de Elias, quando despertou, por ocasião de sua fuga pelo deserto, etc. (Cristianismo e Espiritismo. Nota 7: Os fenômenos espíritas na Bíblia. Léon Denis). O fenômeno de  transporte   apresenta uma particularidade notável, e é que alguns médiuns só o obtém em estado sonambúlico, o que facilmente se explica. Há no sonâmbulo um desprendimento natural, uma espécie de isolamento do Espírito e do perispírito, que deve facilitar a combinação dos fluidos necessários. (...) Segundo Erasto, "o Espírito não envolve o objeto com a sua própria personalidade; mas, como o seu fluido pessoal é dilatável, combina uma parte desse fluido com o fluido animalizado do médium e é nesta combinação que oculta e transporta o objeto que escolheu para transportar. Ele, pois, não exprime com justeza o fato, dizendo que envolve em si o objeto. "(...)Pode um objeto ser trazido a um lugar inteiramente fechado? Numa palavra: pode o Espírito espiritualizar um objeto material, de maneira que se torne capaz de penetrar a matéria? “É complexa esta questão. O Espírito pode tornar invisíveis, porém, não penetráveis, os objetos que ele transporte ; não pode quebrar a agregação da matéria, porque seria a destruição do objeto. Tornando este invisível, o Espírito o pode transportar quando queira e não o libertar senão no momento oportuno, para fazê-lo aparecer. (O Livro dos Médiuns. Segunda Parte Cap. 5.Item 99. Allan Kardec)

Passagem 3:
Sucedeu que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.
 E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará.
E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho. ( 2 Reis 2:9-11)
FENÔMENO DA NATUREZA - Explicação: Na narrativa bíblica sobre o arrebatamento se afirma que Elias foi levado num turbilhão (ou redemoinho, segundo algumas traduções). Será que o acontecido não teria sido um fenômeno de ordem natural produzido pela natureza como um tufão, um ciclone ou um tornado? Não sabemos que nesses fenômenos são tragados objetos de peso considerável? Seria este o caso de Elias? Sinceramente, ficamos inclinados a aceitar essa hipótese, pois se não foi assim, teremos que aceitar que Elias foi levado pelo demônio!   (Artigo: O Arrebatamento de Elias. Paulo da Silva Neto Sobrinho. Out/2002. Fonte: https://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/o-arrebatamento-de-elias.html).  Segundo a ciência, "Um  redemoinho de fogo , também chamado de tornado de fogo , é um raro fenômeno no qual o fogo, sob certas condições (dependendo da   temperatura do ar e das correntes) adquire uma  vorticidade vertical e forma um redemoinho ou uma coluna de ar de orientação vertical similar a um  tornado. A maioria dos grandes tornados de fogo surgem a partir de incêndios florestais nos quais estão presentes correntes de ar quente ascendentes e convergentes. Usualmente eles têm de 10 a 50 metros de altura e uns poucos metros de largura e duram somente alguns segundos. Alguns podem ter mais de um quilômetro de altura, conter ventos superiores a 160 km/h e durar mais de 20 minutos. Os redemoinhos de fogo podem destruir árvores de 15 metros de altura." (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Redemoinho_de_fogo) Nem sempre compreendemos o porquê dos fenômenos, que muitas vezes causam verdadeiras calamidades em determinadas regiões do mundo. Mas o Espiritismo nos ensina que não há efeito sem causa. Por conseguinte, os fenômenos tais como: tempestades, terremotos, maremotos, inundações, são orientados por entidades espirituais, em obediência a desígnios divinos, visando o apressamento da evolução não só do planeta, como também das populações atingidas. (O Evangelho dos Humildes. Jesus apazigua a tempestade. Eliseu Rigonatti)

Passagem 4:
Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro, e se prostraram diante dele em terra. ( 2 Reis 2:15)
MEDIUNIDADE -  Explicação: Eliseu só passou a fazer prodígios depois da morte de Elias, pois foi o que realmente acontecera, já que ninguém escapa da morte. Sabem por quê? Foi porque o “espírito de Elias tinha repousado nele”; se em vez de repousado colocássemos “baixado”, aposto que todo mundo ia entender que era o processo da influência que o espírito de Elias exerceu sobre Eliseu. (A Bíblia a moda da casa. Primeira Parte. Paulo Neto) Toda pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é, por isso mesmo, médium. Essa faculdade é inerente às pessoas e conseqüentemente não constitui privilégio exclusivo de ninguém; por isso mesmo, poucas são as pessoas que não possuem algum rudimento dela. Podemos dizer, portanto, que todas as pessoas são, mais ou menos, médiuns. ( O Livro dos Médiuns. Cap. 14. Item 159. Allan Kardec).   Mediunidade, no sentido exato e usual da palavra é a faculdade que certas pessoas têm de entrar ostensivamente em comunicação  com os espíritos e de transmitir mensagens destes fora do campo pessoal. (Evolução para o terceiro milênio. Parte 2. Cap. 4. Item 2. Carlos Toledo Rizzini).
Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?
“O Espírito não entra em um corpo como entras numa casa. Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material.” (O Livro dos Espíritos. Questão 473. Allan Kardec).
(Baseada na Bíblia e nos livros fundamentais da Doutrina Espírita)

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