O espírita antigamente,
Nas visões em que me interno,
Fosse na rua ou no lar
Era muito mais fraterno.
Os templos eram humildes
Construções de alvenaria.
Sob a luz da mesma fé,
Tudo vibrava harmonia.
Cultivava-se o respeito
Pela Codificação.
Hoje dizem que Kardec
Necessita revisão.
Nos artigos dos jornais,
Sempre se tinha o que ler.
Agora é o ataque mútuo,
Provocando-se a valer...
Até mesmo para o passe
Inventaram novas formas.
Dizem que a Doutrina é livre
E vão prescrevendo as normas...
Aos caminhos de quem serve,
Chega a crítica mais cedo
E, por isso, de ser médium
Muita gente anda com medo.
Eu sei que lendo os meus versos
Ainda alguém vai falar:
– “Foi algum obsessor
Que tomou o seu lugar...”
De fato, os tempos são outros.
O progresso é natural.
Mas não percamos de vista
A pureza original.
Recordando, meus amigos,
O que houve ao Cristianismo,
Procuremos trabalhar
Deixando tanto modismo.
Aqui paro e vou cantando
Na estrada que me conduz:
Sou um “espírita de ontem”,
Com Kardec e com Jesus.
(Confia e Serve. Espírito Eurícledes Formiga . Psicografado por Chico Xavier e Carlos A. Baccelli)