Buscando a felicidade

 A felicidade que pode realmente não existir na Terra, enquanto a Terra padecer a dolorosa influenciação de um só gemido de sofrimento, pode existir na alma humana, quando a criatura compreender que a felicidade verdadeira é sempre aquela que conseguimos criar para a felicidade do próximo.

 O primeiro passo, porém, para a aquisição de semelhante riqueza é o nosso entendimento das leis que nos regem, para que o egoísmo e a ambição não nos assaltem a vida.

 O negociante que armazena toneladas de arroz, com o propósito de lucro fácil, não poderá ingeri-lo, senão na quantidade de alguns gramas por refeição.

 O dono da fábrica de tecidos, interessado em reter o agasalho devido a milhões, não vestirá senão um costume exclusivo para resguardar-se contra a intempérie.

 E o proprietário de extensas vilas, que delibera locupletar-se com o suor dos próprios irmãos, não poderá habitar senão uma casa só e ocupar, dentro dela, um só aposento para o seu próprio repouso.

 Tudo na existência está subordinado a princípios que não podemos desrespeitar sem dano para nós mesmos, e, por esse motivo, 7 a felicidade pura e simples é aquela que sabe retirar da vida os seus dons preciosos sem qualquer insulto ao direito ou à necessidade dos semelhantes.

 Assim, pois, tudo aquilo que amontoamos, no mundo, em torno de nós, a pretexto de desfrutar privilégios e favores com prejuízo dos outros, redunda sempre em perigosa ilusão a envenenar-nos o espírito.

 Felicidade é como qualquer recurso que só adquire valor quando em circulação em benefício de todos.

 Em razão disso, saibamos dar do que somos e a distribuir daquilo que retemos, em favor dos que nos partilham a marcha, porque somente a felicidade que se divide é aquela que realmente se multiplica para ser nossa alegria e nossa luz, aqui e além, hoje e sempre.

(Inspiração. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

Passatempo Espírita © 2013 - 2024. Todos os direitos reservados. Site sem fins lucrativos.

Desenvolvido por Webnode