Bem-aventurados

 Bem-aventurados os aflitos  que, chorando — não se desanimam,

 que, ofendidos — não revidam,

 que, esquecidos pelos outros — não olvidam os deveres que lhes são próprios,

 que, dilacerados — não ferem,

 que, caluniados — não caluniam,

 que, desamparados — não desamparam,

 que, açoitados — não praguejam,

 que, injustiçados — não se justificam,

 que, traídos — não atraiçoam,

 que, perseguidos — não perseguem,

 que, desprezados — não desprezam,

 que, ridiculizados — não ironizam,

 que, sofrendo — não fazem sofrer…

Até agora, raros aflitos da Terra conseguiram merecer as bem-aventuranças do Céu, porque, realmente, com amor puro, somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com a sua ressurreição e com o seu devotamento à Humanidade inteira.

 (Através do tempo. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)

Passatempo Espírita © 2013 - 2024. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por Webnode