As Bodas de Caná – A água feita vinho

— Há na Galiléia uma cidadezinha chamada Caná e nela um dia realizou-se um casamento. Por esse tempo Jesus já era homem feito. A família de Jesus recebeu um convite para assistir ao casamento e Jesus compareceu com sua mãe e seus irmãos.

— Jesus tinha irmãos, Lina? perguntou dona Leonor.

— Os historiadores ainda não chegaram a uma conclusão positiva a esse respeito. Mas o Evangelho, em várias passagens, diz claramente que sim.

A festa decorria bem animada, quando acabou o vinho; Maria percebeu e  disse a Jesus:

— “Eles não têm vinho”.

— “Não se inquiete por isso, mamãe, respondeu-lhe Jesus. Daqui a pouco eles o terão”.

Maria então se dirigiu aos que serviam os convidados e disse-lhes que fizessem como Jesus lhes ordenasse.

Ora, ali na sala, num canto, havia seis potes; Jesus mandou que os enchessem de água até a tampa. Feito isso mandou que levassem um pouco daquela água para o mordomo experimentar. E quando ele começou a beber a água, ela se transformou em vinho. O vinho era tão bom que o mordomo arregalou os olhos e disse ao noivo:

— “Esse era o vinho que devia ser servido em primeiro lugar e deixar o outro que é inferior para o fim; porque sempre se costuma dar aos convidados o melhor no começo”.

Aqueles que sabiam a origem do vinho, admiraram-se muito do poder de Jesus. E foi assim que Jesus iniciou os seus trabalhos, concorrendo para a alegria de uma festa, que é uma das mais bonitas que os homens fazem: a festa do noivado.

— No casamento da filha de nossa vizinha não tinha vinho; mas havia doces, guaraná e refrescos que só a senhora vendo, dona Lina! disse Joaninha.

— Então é muito antigo o uso do vinho, Lina? perguntou o sr. Antônio.

— Sim, titio, perde-se na noite dos tempos e o homem o tem associado a quase todas as suas atividades festivas, religiosas, solenes e familiares. Tido pelos antigos como remédio e alimento, o vinho era usado com muita moderação, sendo execrado quem dele abusasse. E agora vão dormir, que está na hora, concluiu dona Lina mandando-nos para casa.

(O Evangelho da Meninada. Eliseu Rigonatti)

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