A Semente de mostarda

        O rapaz abeirou-se do Mentor, mostrando-se evidentemente acanhado, e considerou em tom de pergunta:
Instrutor, a sua bondade já nos disse, várias vezes, que os ensinamentos de Jesus, o nosso Divino Mestre, estão sempre iluminados para a compreensão do nosso entendimento... Entretanto, às vezes, esbarro com afirmativas d’Ele que me fazem pensar inutilmente, já que não lhes alcanço o sentido...
        Dê-me um exemplo — solicitou o interpelado com paciência.
        Disse-nos Jesus que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda   — continuou o jovem consulente — certa montanha, por nossa ordem, transportar-se-á daqui para ali; não crê o senhor que isso é um absurdo em confronto com a realidade?
        — Meu amigo — explicou-se o Mentor — Jesus, por falta de comparações e palavras adequadas, legou-nos muitas lições em forma de símbolos e parábolas... Imagino que Nosso Divino Mestre tomou a imagem da montanha, como significado a nossos hábitos e preferências. Muitos defeitos, que ainda nos caracterizam, pesam sobre nós por montes de imperfeições que precisamos remover do mal para o bem...
        — Mas — continuou o aprendiz — o senhor concordará que isso é uma observação puramente filosófica; desejo que o senhor me conduza para o domínio dos fatos reais.
        O Instrutor meditou por alguns instantes em profundo silêncio e rematou:
— Caro amigo, se você pretende observar o poder de um agente pequenino, qual a semente de mostarda, sobre um corpo extenso de dificuldades que o desorienta ou perturba, acenda uma vela pequenina diante da escuridão.
(A semente de mostarda. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier)

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