O bondinho Dim

        Era uma vez um bondinho chamado Dim. Tinha esse nome porque, para descer dele ou nele subir era só falar: '' Dim, Dim'', e o bondinho parava.

        Dim era alegre. Sua única tristeza eram os trilhos, que obrigavam Dim a passar pelo mesmo caminho, todos os dias.

        O bondinho Dim sempre dizia:

        - Eu queria tanto andar por lugares bonitos, conhecer coisas novas, levar as crianças para brincar no parque!...

        Muitos anos se passaram... os bondes ficaram velhos, desbotados, enferrujados...Apareceram os ônibus bonitos, que corriam, corriam muito! Depois os automóveis, que andavam bem mais depressa que os bondes.

        Dim não se conformava e dizia:

        - Essa máquinas correm como loucos e atrapalham tudo.

        O bondinho Dim falava assim porque também queria ser um ônibus forte e bonito. E dizia:

         - Se tivesse rodas de borracha, poderia também correr depressa e ir onde quisesse.

        Os bondes andavam cada vez mais devagar, por isso o prefeito mandou guardá-los. O motorista que dirigia o bondinho Dim até achou bom descansar, mas Dim não se conformou e continuou insistindo que queria trabalhar.

        O bondinho dizia sem parar:

         - Se me pintassem, me colocassem rodas de borracha, motor, todo mundo iria pensar que sou um ônibus!

        E tanto falou, tanto falou, que o prefeito concordou com ele. Um dia, quando o motorista foi visitar o Dim, sabem o que ele encontrou? Um Dim pintando de vermelho, novo. Com motor e rodas de borracha! Um Dim, que agora passeava por todos os lugares, sem trilhos.

        Levava as crianças ao parque, passeava pelo bairro cheio de estudantes.

        O motorista, com olhos arregalados, perguntou:

        - Que é isso, Dim?

        E o bondinho, muito feliz, respondeu: - Agora sou um ônibus, que anda depressa por todos os lugares.

        E começou a correr, soltando risadas no ar:

        - Dim, Dim, Dim...!

 

Moral da história: A ambição sadia auxilia no progresso da sociedade, enquanto a ambição desmedida destrói a própria pessoa.

 

(autor desconhecido)

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