COMO OS PAIS DEVEM TRATAR UM FILHO REBELDE E INGRATO, QUE JÁ ATINJIU A MAIORIDADE?

No livro "O Consolador" ditado pelo Espírito Emmanuel, há algumas questões que esclarecem sobre este assunto, vejamos:

Quando os filhos são rebeldes e incorrigíveis, impermeáveis a todos os processos educativos, como devem proceder aos pais?

"Depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação educativa dos filhos, é justo que os responsáveis pelo instituto familiar, sem descontinuidade da dedicação e do sacrifício, esperem a manifestação da Providência Divina para o esclarecimento dos filhos incorrigíveis, compreendendo que essa manifestação deve chegar através de dores e de provas acerbas, de modo a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão e do sentimento." (O Consolador. Questão 190. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

Como poderão os pais despertar no íntimo do filho rebelde as noções sagradas do dever e das obrigações para com Deus Todo-Poderoso, de quem somos filhos?

"Depois de esgotar todos os recursos a bem dos filhos e depois da prática sincera de todos os processos amorosos e enérgicos pela sua formação espiritual, sem êxito algum, é preciso que os pais estimem nesses filhos adultos, que não lhes apreenderam a palavra e a exemplificação, os irmãos indiferentes ou endurecidos de sua alma, comparsas do passado delituoso, que é necessário entregar a Deus, de modo que sejam naturalmente trabalhados pelos processos tristes e violentos da educação do mundo.

A dor tem possibilidades desconhecidas para penetrar os espíritos, onde a linfa do amor não conseguiu brotar, não obstante o serviço inestimável do afeto paternal, humano.

Eis a razão pela qual, em certas circunstâncias da vida, faz-se mister que os pais estejam revestidos de suprema resignação, reconhecendo no sofrimento que persegue os filhos a manifestação de uma bondade superior, cujo buril oculto, constituído por sofrimentos, remodela e aperfeiçoa com vistas ao futuro espiritual." (O Consolador. Questão 191. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

São responsáveis os pais pelo transviamento de um filho que envereda pelo caminho do mal, apesar dos cuidados que lhe dispensaram?

"Não; porém, quanto piores forem as propensões do filho, tanto mais pesada é a tarefa e tanto maior o mérito dos pais, se conseguirem desviá-lo do mau caminho."(O Livro dos Espíritos. Questão 583. Allan Kardec).

"Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor."  (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 14. Item 9. Santo Agostino / Allan Kardec)

"A ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta topará mais tarde com corações insensíveis, como o seu próprio o foi. Lembrai-vos de todos os que hão feito mais bem do que vós, que valeram muito mais do que vós e que tiveram por paga a ingratidão.

Lembrai-vos de que o próprio Jesus foi, quando no mundo, injuriado e menosprezado, tratado de velhaco e impostor, e não vos admireis de que o mesmo vos suceda. Seja o bem que houverdes feito a vossa recompensa na Terra e não atenteis no que dizem os que hão recebido os vossos benefícios. A ingratidão é uma prova para a vossa perseverança na prática do bem; ser-vos-á levada em conta e os que vos forem ingratos serão tanto mais punidos, quanto maior lhes tenha sido a ingratidão." (O Livro dos Espíritos. Questão 937. Allan Kardec)

"A esses ficam reservados o pranto e os gemidos em existências posteriores. Admirai, no entanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em que ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus abre os braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés." (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 14. Item 9. Santo Agostinho/ Allan Kardec)

O Espírito Emmanuel recomenda: "Jamais ergas a voz para acusar o filho-problema, conquanto nem sempre lhe possas elogiar a conduta. Longe ou perto dele, segundo as circunstâncias do Plano físico, ampara-o com a tua prece, estendendo-lhe apoio e inspiração pelas vias da alma. Embora no dever de corrigi-lo, ainda mesmo quando te não compreenda ou te evite o passo, abençoa-o tantas vezes quantas se fizerem precisas, ensinando-lhe outra vez o caminho da retidão e da obediência, selecionando para isso as melhores palavras que as lutas da vida te hajam gravado no sentimento." (Encontro marcado. Filhos diferentes. Espíritos Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

"Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade a fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira escola da reabilitação e do reajuste. (...) Quase sempre, os pais despóticos de hoje são aqueles filhos do passado, em cuja mente inoculamos o egoísmo e a intolerância. (...)O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, à intemperança e à delinquência. (...) A filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade." (Leis de amor. Cap. 2. Parentesco e filiação. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier)

"Cada espírito que se encarna traz em si mesmo a sua personalidade já formada em encarnações anteriores. As semelhanças de características psíquicas e morais entre pais, filhos e outros descendentes não provêm da carne, mas do Espírito. Cada ser humano é o que ele é por si mesmo.

(...) Admitindo-se isso, que hoje é considerado com atenção em grandes centros de pesquisas científicas, é fácil compreendermos a necessidade de independência não apenas social, mas também afetiva, para os filhos que se emanciparam e especialmente para os que constituíram a sua própria família.

As afinidades espirituais não implicam dependência e sujeição, porque cada Espírito é o responsável direto pela sua evolução. Os pais são responsáveis pelos filhos no tocante à orientação que lhes fornecem pelos exemplos e pela educação. Mas não podem querer sujeitá-los às suas ideias e formas de vida.

Afinidade não quer dizer identidade. Gostamos de nos reunir com pessoas afins porque nos entendemos melhor com elas, mas nem por isso pensamos e vivemos exatamente da mesma maneira. Se assim fosse, a evolução teria de estagnar. Nossos filhos mais afins, mais ligados a nós podem tomar caminhos diferentes do nosso. E devemos respeitar-lhes o desejo de novas experiências, sem que isso importe em rompimento conosco. Cada Espírito deve ter a jurisdição de si mesmo." (Na era do Espírito. Irmão Saulo. Parentescos e afinidades. Psicografado por Chico Xavier /J. Herculano Pires)

"Os filhos não pertencem aos pais; entretanto, de igual modo, os pais não pertencem aos filhos.

Os genitores devem especial consideração aos próprios rebentos, mas o dever funciona bilateralmente, de vez que os rebentos do grupo familiar devem aos genitores particular atenção.  Existem pais que agridem os filhos e tentam escravizá-los, qual se lhes fossem objeto de propriedade exclusiva; todavia, encontramos, na mesma ordem de frequência, filhos que agridem os pais e buscam escravizá-los, como se os progenitores lhes constituíssem alimárias domésticas.

A reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para com os outros.

Entre pais e filhos, há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se pode ultrapassar, em nome do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando-lhes a existência.

 Justo que os pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os filhos não interfiram no passado dos pais.

 Os pais não conseguem penetrar, de imediato, a trama do destino que os princípios cármicos lhes reservam aos filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a compreender, de pronto, o enredo das circunstâncias em que se mergulharam seus pais, no pretérito, a fim de que pudessem volver, do Plano Espiritual ao renascimento no Plano Físico.  Unicamente no mundo das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á possível o entendimento claro, acerca dos vínculos em que se imanizam. Invoque-se, à vista disso, o auxílio de religiosos, professores, filósofos e psicólogos, a fim de que a excessiva agressividade filial não atinja as raias da perversidade ou da delinquência para com os pais e nem a excessiva autoridade dos pais venha a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel desvinculação.

Pais e filhos são, originariamente, consciências livres, livres filhos de Deus empenhados no mundo à obra de autoburilamento, resgate de débitos, reajuste, evolução. As leis da vida englobam-lhes a individualidade no mesmo alto gabarito de consideração.

Nunca é lícito o desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa." (Vida e sexo. Pais e filhos. Espírito Emmanuel.Psicografado por Chico Xavier)

"Esclareçamos nossos filhos no livro do exemplo nobre. Nem freio, que o mantenha na servidão, nem licença que os arremesse ao charco da libertinagem. "(Família. Cap. 9. Infância. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier)

 A lei da Natureza impõe aos filhos a obrigação de trabalharem para seus pais?

"Certamente, do mesmo modo que os pais têm que trabalhar para seus filhos. Foi por isso que Deus fez do amor filial e do amor paterno um sentimento natural. Foi para que, por essa afeição recíproca, os membros de uma família se sentissem impelidos a ajudarem-se mutuamente, o que, aliás, com muita freqüência se esquece na vossa sociedade atual." (O Livro dos Espíritos. Questão 681. Allan Kardec).

"Sobretudo para com os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial. Obedecem a esse mandamento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa, apenas por não os deixarem na rua, reservando para si o que há de melhor, de mais confortável? Ainda bem quando não o fazem de má-vontade e não os obrigam a comprar caro o que lhes resta a viver, descarregando sobre eles o peso do governo da casa! Será então aos pais velhos e fracos que cabe servir a filhos jovens e fortes? Ter-lhes-á a mãe vendido o leite, quando os amamentava? Contou porventura suas vigílias, quando eles estavam doentes, os passos que deram para lhes obter o de que necessitavam? Não, os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente necessário, devem-lhes também, na medida do que puderem, os pequenos nadas supérfluos, as solicitudes, os cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Unicamente essa é a piedade filial grata a Deus.

Ai, pois, daquele que olvida o que deve aos que o ampararam em sua fraqueza, que com a vida material lhe deram a vida moral, que muitas vezes se impuseram duras privações para lhe garantir o bem-estar. Ai do ingrato: será punido com a ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, algumas vezes já na existência atual, mas com certeza noutra, em que sofrerá o que houver feito aos outros. "(O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 14. Item 3.  Allan Kardec)

Na carta de Paulo de Tarso aos Tessalonicenses, o apóstolo recomenda que indivíduo adulto deva trabalhar para o seu próprio sustento e afirma que devemos tratar com rigidez aqueles que não quiserem trabalhar,  até mesmo tomar medidas drásticas, afastando-se dele, caso perceba a preguiça e a má vontade. Vejamos o que ele disse:

"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu.

Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-nos, pois que não nos houvemos desordenadamente entre vós.

Nem de graça comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós.

Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.

Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também." (2 Tessalonicenses 3:6-10)

"Como é fácil de perceber, a preguiça é suscetível de desencadear todos os males, qual a treva que é capaz de induzir a todos os erros.

Compreendamos, assim, que obsessão, loucura, pessimismo, delinquência ou enfermidade podem aparecer por autênticas fecundações da ociosidade intoxicando a mente e arruinando a vida. E reconheçamos, de igual modo, que o primeiro passo para libertar-nos da inércia será sempre:  trabalhar. "(Passos da vida. Cap. 21. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

Portanto, para que os pais não precisem tomar medidas rígidas, tais como punir ou expulsar os filhos adultos de casa que não queiram trabalhar, os genitores devem manter o diálogo para resolver os conflitos, e evitar desde o período infantil, certas atitudes, como por exemplo:  " Transformar as crianças em bibelôs da família, fugindo de ajudá-las na formação do caráter desde cedo. Ajudar os filhos inconsideradamente tanto quanto sobrecarregá-los de obrigações incompatíveis com a saúde ou a disposição que apresentem. (...)Não lhes pedir trabalho e cooperação na medida das possibilidades. Conceder-lhes mesadas e facilidades, sem espírito de justiça. (...)Repreender por simples capricho ou deixar de corrigir quando necessário. " (Estude e viva. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier / Waldo Vieira)

"Precisamos dialogar com os nossos companheiros de juventude, para que se sintam responsáveis por eles mesmos, façam as suas próprias escolhas, tornando-se criaturas úteis ao campo que vieram para servir, que é o campo da humanidade, dentro do qual eles nasceram ou renasceram." (A Terra e o Semeador. Cap. 2. Temas da atualidade. Entrevistas. Espírito Emmanuel/ Chico Xavier)

Segundo Chico Xavier, "Talvez que 60% a 80% de nossas doenças, ou dos donos das doenças, foram adquiridas através dos choques, da intolerância, das ofensas, da falta de perdão...O mais difícil não é viver, é conviver (...) Existem pessoas que gostam muito de usar a franqueza, mas é uma franqueza que joga todo o mundo no chão. " (O Evangelho de Chico Xavier. Convivência conturbada. Chico Xavier / Carlos A. Baccelli)

(...)Sou adepto da verdade, mas acho que a verdade não deve ser lançada na cara de ninguém... Jesus silenciou diante de Pilatos. Naquelas circunstâncias, adiantaria dizer alguma coisa?! Graças a Deus, nunca me prevaleci da verdade para humilhar alguém. A verdade que esmaga está destituída de Amor. Deus não age assim... A verdade só deve ser dita quando possa servir de alavanca para reerguer quem se encontra no chão. " (O Evangelho de Chico Xavier. Item 19 e 106. Chico Xavier/ Carlos A. Baccelli)

A correção dos filhos não deve ser feita através de pancadaria mental, pois a violência verbal, os afasta, ao invés de aproximá-los.

"Os antagonismos domésticos, os temperamentos aparentemente irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes e irmãos, resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a recapitulações retificadoras do pretérito distante. Congregados, de novo, na luta expiatória ou reparadora, as personagens dos dramas, que se foram, passam a sentir e ver, na tela mental, dentro de si mesmas, situações complicadas e escabrosas de outra época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência, carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por "complexos de inferioridade". Identificando em si questões e situações íntimas, inapreensíveis aos demais, o Espírito reencarnado que adquire recordações, não obstante menos precisas, do próprio passado, candidata-se, inelutavelmente, à loucura. E nessa categoria, meu amigo, temos na Crosta Planetária uma percentagem cada vez maior de possíveis alienados, requerendo o concurso de psiquiatras e neurologistas, que, a seu turno, se conservam em posição oposta à verdade, presos à conceituação acadêmica e às rígidas convenções dos preceitos oficiais.  (...) São as vítimas anônimas da ignorância do mundo, os infortunados absolutamente desentendidos que, de loucos incipientes, prosseguem, pouco a pouco, a caminho do hospício ou do leito de enfermidades ignoradas, tão só porque lhes faltam a água viva da compreensão e a luz mental que lhes revelem a estrada da paciência e da tolerância, em favor da redenção própria. "(Obreiros da vida Eterna. Cap. 2. Espírito André Luiz.  Psicografado por Chico Xavier)

Se  o jovem adulto não conseguir a auto-identificação e reajuste mediante o processo de educação a que se encontra submetido, poderá continuar sendo portador de um distúrbio psiquiátrico que não conseguiu superar, ou permanecer na revolta experimentando frustrações decorrentes de conflitos íntimos, e optar pela solução adversa do uso das drogas ou do suicídio. (Texto adaptado - Vide texto original no livro: Adolescência e vida. Cap. 24. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Franco)

Para evitar este ato de desatino, os pais podem sugerir ao filho uma terapia de autoajuda, pelo menos, ensejando receber de imediato o apoio do especialista, ou estimular a frequentar uma religião que tenha mais afinidade, explicando que há casos de doenças que são espirituais, e que a Doutrina Espírita é a religião que consegue auxiliar melhor neste sentido.

"A adoção de uma conduta religiosa que trabalhe o indivíduo; nele edificando valores de dignificação e de bem-estar, é valioso contributo psicológico para a sua saúde." (Triunfo pessoal. Cap. 10. Espírito Joanna de Ângelis.  Psicografado por Divaldo Franco)

"Aquele que acredita em algo, especialmente de natureza transcendental, afetiva, religiosa, melhor conduz-se durante ocorrências difíceis, na saúde ou nos relacionamentos, do que aqueles que não têm apoio para firmar-se na esperança, sendo facilmente destroçados pela amargura e pela desconfiança. (...)  A orientação religiosa desperta o ser para mais grandiosas realizações, sustentando-lhe o ânimo nos momentos de desafio, dando brilho e cor aos dias nebulosos e cinzentos do desencanto. (...)  Existe sempre o perigo, é certo, de derrapar-se na adoção de religiões agressivas e fanáticas, o que não justifica evitar-se a orientação espiritual. Da mesma forma, há o fanatismo da não-crença, da vulgaridade e da corrupção, que grassa voluptuoso devorando vidas incontáveis. A presença de Deus na mente e no coração infantil, juvenil, adulto e no último estágio do corpo físico, é sempre uma bússola apontando o porto de segurança e de paz, que será alcançado oportunamente." (Constelação familiar. Cap. 22 - Orientação religiosa na família. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco )

Entretanto,  em casos graves de desequilíbrio mental ou de agressões físicas, onde não seja mais possível o diálogo, os pais podem dar a opção de alugar um apartamento para o filho rebelde e ingrato morar sozinho, caso tenha condições, ou até mesmo  internar seu filho-problema para tratamento psiquiátrico adequado,  a fim de evitar novas agressões. No entanto, isto não significa que os pais tenham que se manter afastados ou guardar ressentimentos. Se não for possível manter-se próximo do filho, os pais devem fazer o possível para recuperação mental dele, mesmo a distância. (Vide outras sugestões semelhantes no Programa Pinga Fogo. Edição 33. Jorge Elarrat Canto)

De acordo com o Espírito Emmanuel, "Se consegues, assim, perceber os sofrimentos daqueles que se te vinculam à existência, conserva-os contigo, tanto quanto puderes.

Quanto mais pesem no orçamento de tempo e possibilidades a que te prendas, mais necessitados se mostram de proteção e segurança.

Em muitas ocasiões, talvez possas situá-los em recintos pagos, com o beneplácito da tua bolsa. Entretanto, embora te reverenciemos os impulsos de generosidade, não vacilamos em reformular o apelo à tua misericórdia para que os mantenhas no calor da própria ternura.

São eles filhos imobilizados no leito, a te pedirem socorro; ascendentes que se fizeram valetudinários e te rogam assistência, enquanto aguardam a cirurgia da morte; companheiros encarcerados em moléstias difíceis ou irmãos outros em transes graves da vida orgânica.

Além deles encontramos ainda os doentes mentais, supostamente sadios, aqueles que passaram a evidenciar comportamento infeliz; os caídos em experiências amargas no campo afetivo; os desmemoriados diante das obrigações que assumiram e os que carregam obsessões ocultas que lhes desfiguram a imagem.  Diante dos parentes enfermos, se te reconheces com saúde e equilíbrio, a fim de observá-los, compadece-te deles e guarda-os no clima da própria presença, quanto isso se faça possível.

Todos eles são a continuidade de nossos débitos ou prolongamentos de nossa própria ternura." (Caminhos de volta. Familiares afastados do lar. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier)

" As almas dos jovens encontram-se ansiosas e desorientadas, seguindo estranhos caminhos por falta de equilibrado roteiro para o encontro com a segurança interior. (...) Sem dúvida, a problemática é muito grave e está a exigir cuidados especiais de todos: pais, educadores, governantes, religiosos, sociólogos, psicólogos, pessoas sensatas que se devem unir, a fim de combaterem o inimigo comum: a falta de sentido existencial que se estabeleceu na sociedade. " (Psicologia da gratidão. Cap. 10. Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Franco)

Por isso, é muito importante que sigamos uma antiga recomendação bíblica: ''Eduque a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.'' (Provérbios 22:6)

"(...) Se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a Luz interior dos sagrados princípios educativos."(O Consolador. Questão 109. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

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