Chico Xavier e a Evangelização da criança*

            Desde 1927 que o estimado médium Francisco Cândido Xavier se dispôs ao mandato mediúnico, enriquecendo-nos com os ensinamentos espirituais que, profundamente, emanam de suas obras.

            À medida que as mensagens surgiam de sua abençoada psicografia, nos conceitos se desdobram acerca dos temas fundamentais da Doutrina Espírita, nos incentivando a valorizar o mundo em que vivemos e a cuidar do nosso aperfeiçoamento moral, descortinando-nos o passado longínquo e conclamando-nos a viver o presente de tal maneira que o futuro nos ofereça melhores perspectivas de evolução, para edificar nossa própria felicidade.

            Em 1947 a Espiritualidade, por seu intermédio, desperta-nos a atenção para a importância da evangelização da criança, através de sua primeira obra destinada aos pequeninos: “o Caminho Oculto”, mostrando-nos que, no trabalho do bem e na conduta cristã, alcançaremos uma vida melhor.

            Redobraram-se os esforços no sentido de programar com eficiência a evangelização da infância em nossa Pátria.

            Correspondendo aos esforços dos tarefeiros da orientação cristã da criança, a Espiritualidade, por intermédio de Chico Xavier, nos felicita, naquele ano, com outras obras infantis: “Os filhos do grande Rei”, “Mensagem do pequeno morto”, ”História de Maricota” e “Jardim de Infância”.

            A tarefa da Evangelização ganhou corpo e, desde então, buscaram-se os recursos da Pedagogia, da Didática, da Psicologia e outros para a orientação evangélica à criança, com o trabalho ganhando novas dimensões, não só em Minas Gerais, como em todo o País. Cursos, Encontros, Simpósios e outras atividades se multiplicaram em todos os Estados, elaborando-se Programas e Currículos especializados para utilização nas Escolas Espíritas de Evangelização.

            Evangelizar não é tão simples como pode parecer a primeira vista. Surgem os percalços, as dúvidas e os obstáculos naturais do caminho. Mas a Espiritualidade sempre atenta às nossas necessidades,clareando os caminhos a serem palmilhados, mas uma vez se vale do esforço e dedicação de Chico Xavier, com novas obras, nas quais, se destacam: contos, páginas evangélicas, histórias, referências práticas, idéias básicas, conclusões evangélico-doutrinárias e outros recursos que hoje constituem rotina na tarefa da evangelização infantil. Dentre estas obras destacamos: Alvorada Cristã (1948), destinada aos adolescentes; Jesus no Lar (1952), destacando a importância da vivência evangélica e Pai Nosso (1952), numa linguagem infantil gostosa de ler e analisar.

            Ressaltando mais a importância do lar no processo de evolução do Espírito, Chico Xavier torna-se o intermediário, em 1960, de O Evangelho em Casa, obra que valoriza e orienta o culto cristão do Evangelho no lar.

            A pontualidade mediúnica deste incansável instrumento do Bem, nos proporciona, no período de 1961 a 1976, outras obras, tais como: “Juca Lambisca”, Cartilha do Bem”, “Timbolão” e “Natal de Sabina”.

            Inspirados no labor mediúnico de Chico Xavier, os Evangelizadores de todos os recantos de nossa Terra, vêm se multiplicando e conjugando esforços no sentido de oferecer à nova geração brasileira os valores do Evangelho de Jesus, clarificado pelas luzes da Doutrina Espírita, uma vez que, somente quando, em cada município brasileiro estiver funcionando uma Escola Espírita de Evangelização (EEE), teremos efetivamente, concretizada a destinação que nos está reservada pela Espiritualidade Superior de tornar o Brasil o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.

 (Maria José Abreu - DEC – União Espírita Mineira. Fonte: O Espírita Mineiro, Ano LXXIX, Belo Horizonte, maio / agosto 1987, N˚ 202, página 5)

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