As palavras mágicas II

         Elisa queria que as férias chegassem logo, pois ela iria visitar sua prima Antônia na fazenda. No dia em que, finalmente, sua tia chegou para buscá-la, a menina esqueceu de se despedir dos pais, tamanha era a pressa em ir para a fazenda.
         Quando chegaram à fazenda, Antônia percebeu que Elisa não disse “boa tarde” para tio Eugênio e para as pessoas que trabalhavam no local. Os dias foram passando entre brincadeiras, passeios a cavalo e banhos no rio.
         Mas uma coisa estava deixando Antônia curiosa: Elisa nunca dizia as palavrinhas mágicas “por favor”, para pedir algo e “obrigada” quando recebia algum favor. Além disso, quando Elisa fazia algo errado, ela nunca dizia “me desculpe” e Antônia nunca ouvia Elisa dizer “com licença” quando entrava no seu quarto ou quando precisava interromper os adultos que estavam conversando.
         Percebendo que Elisa não conhecia as palavras mágicas que são sinal de boa educação, tia Augusta e Antônia elaboraram um plano: distribuíram por toda a casa bilhetinhos coloridos, com situações em que as palavras mágicas devem ser usadas.

         Assim, na cozinha havia bilhetes dizendo:
         "Por favor alcance o açúcar."
         "Desculpe, eu me atrasei para o almoço."
         "Obrigada por fazer a minha sobremesa favorita."

         Na sala, os bilhetes diziam:
         "Por favor, me alcance a almofada."
         "Obrigada por me contar uma história."
         "Desculpe por ter pisado no seu pé."

         E no quarto de Antônia, os bilhetes diziam:
         "Obrigada por me emprestar o livro."
         "Desculpe se magoei você."
         "Por favor, você pode me alcançar aquele brinquedo?"

         Quando Elisa viu todos aqueles bilhetes espalhados pela casa, achou engraçado. Sua prima então explicou que era uma maneira nova para que ela e todas as pessoas da casa aprendessem a usar as palavras mágicas.
         - Palavras mágicas? Quais são? Eu não conheço nenhuma – disse Elisa.
         - Por favor, obrigado, com licença, desculpe são as palavras mágicas - ensinou a prima. Observe, elas estão em todos os bilhetes, para que a gente possa aprender a usar essas palavras em todos os lugares e com todas as pessoas.
         E foi assim, com bilhetes coloridos de vários tamanhos, espalhados por toda a casa que Elisa aprendeu as palavras mágicas.
         Quando chegou em casa, Elisa ensinou sua mãe e seus dois irmãos a usarem as palavras mágicas que tinha aprendido na casa de tia Augusta e da prima Antônia.

(Claudia Schmidt. Fonte: Grupo Espírita Seara do Mestre)

Passatempo Espírita © 2013 - 2024. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por Webnode