APÓS A MORTE PODERÁ REENCONTRAR TODOS OS SEUS ENTES QUERIDOS QUE JÁ DESENCARNARAM?

Veja a resposta dos Espíritos Superiores para uma pergunta semelhante em "O Livro dos Espíritos ":

Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da morte?

"Depende isso da elevação deles e do caminho que seguem, procurando progredir. Se um está mais adiantado e caminha mais depressa do que outro, não podem os dois conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na perfeição. Acresce que a privação de ver os parentes e amigos é, às vezes, uma punição." (O Livro dos Espíritos. Questão 290. Allan Kardec)

No livro "Nosso Lar", o Espírito André Luiz relata que enquanto vivia na colônia espiritual "Nosso Lar" sentia saudades dos seus parentes que estavam encarnados na TERRA. Não podia visitá-los ainda devido a falta de equilíbrio emocional, porém sua mãe que estava desencarnada o visitava raramente, pois morava em núcleo espiritual Superior. Ele afirma isto, dizendo:  

"À medida, porém, que se consolidava meu equilíbrio emocional, intensificava-se-me a ansiedade de rever os meus. A saudade doía fundo. Em compensação, de longe em longe era visitado por minha mãe, que nunca me abandonou à própria sorte, embora permanecesse em círculos mais altos." (Nossa Lar. Cap. 46. Espírito André Luiz.  Psicografado por Chico Xavier)

Em um desses encontros, André Luiz recebeu uma notícia triste; a sua mãe explicou-lhe que seu pai estava há muito tempo no Umbral:

"Ah! teu pai! teu pai!... Há doze anos que está numa zona de trevas compactas, no Umbral. Na Terra, sempre nos parecera fiel às tradições da família, arraigado ao cavalheirismo do alto comércio, a cujos quadros pertenceu até ao fim da existência, e ao fervor do culto externo, em matéria religiosa; mas, no fundo, era fraco e mantinha ligações clandestinas, fora do nosso lar. Duas delas estavam mentalmente ligadas a vasta rede de entidades maléficas, e, tão logo desencarnou o meu pobre Laerte, a passagem no Umbral lhe foi muito amarga, porque as desventuradas criaturas, a quem fizera muitas promessas, aguardavam-no ansiosas, prendendo-o de novo nas teias da ilusão. A princípio, ele quis reagir, esforçando-se por encontrar-me, mas não pôde compreender que após a morte do corpo físico a alma se encontra tal qual vive intrinsecamente. Laerte, portanto, não percebeu minha presença espiritual, nem a assistência desvelada de outros amigos nossos." (Nossa Lar. Cap. 16. Espírito André Luiz.  Psicografado por Chico Xavier)

No entanto, a mãe de André Luiz relata que para tentar resolver este problema, ela irá reencarnar novamente na TERRA com seu pai e será novamente a sua esposa, pois seus esforços para reerguê-lo no mundo espiritual estão sendo estéreis. Ela descreve seu projeto, dizendo:

"Estudei detidamente o assunto. Meus superiores hierárquicos foram acordes no conselho. Não posso trazer o inferior para o superior, mas posso fazer o contrário. Que me resta, senão isso? Não devo hesitar um minuto. Tenho em ti o amparo do futuro. Não te percas, pois, meu filho, e auxilia tua mãe, quando puderes transitar entre as esferas que nos separam da crosta. Entrementes, zela por tuas irmãs, que talvez ainda se encontrem nas sombras do Umbral, em trabalho ativo de purgação. Estarei novamente no mundo, em breves dias, onde me encontrarei com Laerte para os serviços que o Pai nos confiar. (...)Com a colaboração de alguns amigos, localizei-o na Terra, a semana passada, preparando-lhe a reencarnação imediata sem que ele nos identificasse o auxílio direto. Quis fugir das mulheres que ainda o subjugam, talvez com razão, e aproveitamos essa disposição, para jungi-lo à nova situação carnal."

Após ouví-la, atentamente, André Luiz perguntou-lhe: "E essas mulheres?... Que será feito dessas infelizes?

(...) - Serão minhas filhas daqui a alguns anos. É preciso não esqueceres que irei ao mundo em auxílio de teu pai. Ninguém ajuda eficientemente, intensificando as forças contrárias, como não se pode apagar na Terra um incêndio com petróleo. É indispensável amar, André!& (...)Teu pai é hoje um céptico e essas pobres irmãs suportam pesados fardos na lama da ignorância e da ilusão. Em futuro não distante, colocarei todos eles em meu regaço materno, realizando minha nova experiência.

(...)Identificando-lhe o espírito de renúncia, ajoelhei-me e beijei-lhe as mãos.

Desde aquela hora, minha mãe não era apenas minha mãe.

Era muito mais que isso. Era a mensageira do Amparo, que sabia converter verdugos em filhos do seu coração, para que eles retomassem o caminho dos filhos de Deus." (Nossa Lar. Cap. 46. Espírito André Luiz.  Psicografado por Chico Xavier)

Na época de Allan Kardec, os Espíritos Superiores já haviam dito que havia esta incrível possibilidade, quando responderam a pergunta abaixo:

Podem os Espíritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro onde já viveram?

"Sim, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem." (O Livro dos Espíritos. Questão 178. Allan Kardec)

Além disso, Allan Kardec faz o seguinte esclarecimento: "Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.

No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento.

(...) Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem.

(...) A união e a afeição que existem entre pessoas parentes são um índice da simpatia anterior que as aproximou. Daí vem que, falando-se de alguém cujo caráter, gostos e pendores nenhuma semelhança apresentam com os dos seus parentes mais próximos, se costuma dizer que ela não é da família. Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade mais profunda do que se supõe. Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso. Assim, os maus se  pouco a pouco, ao contacto dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam. O caráter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatias se esvaem. É desse modo que se opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com as raças e os povos.

(...) Do fato de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título. "(O Evangelho Segundo o Espiritismo.  Cap. 4. Item 18, 19 e 20. Allan Kardec)

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