A literatura infantil na evangelização

            CONSIDERAÇÕES  GERAIS

            Conhecendo-se a importância e o significado dos valores morais como básicos e necessários à formação de homens livres, valoriza-se a importância da literatura em relação ao aspecto formativo da criança, pois tal programa não aparecerá única e exclusivamente em função de doutrinar, mas sim de suscitar, através de seu encanto, magia e singeleza as mais nobres emoções da criança, apurando-lhe os sentimentos a fim de que as futuras gerações sejam mais  criadoras, mas espontâneas, mais simples e mais afins com  seus irmãos.

            A literatura é exigência do espírito humano que busca  com avidez o inconquistável, a aventura, o belo, o novo. Através dela, o indivíduo se realizará nas exigências ou necessidades de fuga, aventura, tranquilidade, beleza, informação, entretenimento, etc.

            A literatura inclui entre outras atividades, a leitura recreativa, porém a habilidade para apreciar a literatura não será adquirida ocasionalmente ou rapidamente, desde os primeiros passos na Escola de Moral Cristã, a criança deverá ser auxiliada pela atividade literária, que constitui sem dúvida alguma, instrumento valioso nas mãos de um hábil evangelizador.

            Promove-se assim, gradualmente, o desenvolvimento do gosto literário, levando para os pequenos aquelas obras que,  de acordo com seus interesses caiam em sua aceitação, proporcionando-lhes oportunidade de aprimoramento espiritual.

            As crianças apreciam a literatura fantasia, que lhes proporciona asas para alçar o voo ao reino do impossível, do inacreditável e do maravilhoso, tanto quanto buscam a literatura realista que discorre sobre a vida dos animais, da família, das invenções, dos amigos, dos acontecimentos, das realizações. Gostam imensamente da leitura, seja ela em prosa ou em verso.

            As estórias e as poesias oferecem inúmeras oportunidades para ensinar, tonando a  criança alegre e ativa, vivendo  intensamente, dado o seu caráter imaginativo. Esse caráter imaginativo da literatura infantil a ser empregada, tem de  ser dos mais vivos e empolgantes, pois a vida da criança é mais imaginativa do que real.

            Apesar de "o maravilhoso" constituir uma das características do psiquismo infantil, não aconselhamos o emprego  do fantástico na evangelização da infância.

            1 -Objetivos da Literatura Infantil

            "Viver com boa literatura é viver com atitude agradável em relação à vida".

             Arejando o espírito, ajudando a criança a compreender seus problemas, estimulando a imaginação, promovendo o desenvolvimento linguístico, suscitando o gosto pelas boas leituras, recreando, educando e informando, a literatura é essencial à criança no seu ajustamento ao mundo, à sociedade, exercendo grande influência no seu desenvolvimento e realização.

            A literatura infantil empregada na evangelização da infância leva a criança não apenas ao desenvolvimento mental e intelectual, mas principalmente proporciona-lhe normas  e princípios de ação, que irão influir grandemente nos seus atos futuros. Sabemos que a literatura em que os crimes são muito evidenciados e frequentes, leva à criança a considerá-los fatos normais e próprios da vida. Daí a quantidade de  crianças marginais tão encontradas hoje em dia, envolvidas em crimes de roubo, rapto e morte.

            2 - Recreando - A literatura diverte a criança,  proporcionando-lhe prazer, satisfação e alegria. E importante viver e sentir a estória.

            3 - Educando -As ações marcantes e positivas da  estória educam. É importante frisá-las bem, fazendo-as sobressair-se às negativas.

            4 - Informando - A literatura aumenta as experiências da criança, dá normativas à imaginação, desenvolve a  linguagem, a memória, o raciocínio, a lógica e o gosto pela  leitura, a linguagem, a atenção, socializando e dando à criança uma visão geral do mundo em que vivemos. A literatura infantil na evangelização, leva ainda a criança à compreensão de palavras abstratas como bondade, bravura, justiça, gratidão, ambição, coragem, sinceridade, etc.                 Exemplos:

            Ambição - "O caneiro revoltado", do Espírito Neio Lúcio ("Alvorada Cristã).

            Inveja - "O Coelhinho de Asas Vermelhas (Carolyn S. Bailey).

            Bondade - "Branca de Neve" (Irmãos Grimm).

            Gratidão - "A Formiga e a Pombinha Branca".

            Bravura -  "Um Herói: Tiradentes" (Lucia M. Casasanta).

            Desprezo -"O patinho feio" (Hans C. Andersen).

            Ação e Reação  -"Juca Lambisca" (do Espírito Casemiro Cunha).

            A boa literatura, auxilia o ajustamento emocional da  criança. Dificilmente encontramos pessoas que desconhecem o valor grandioso de trabalhos literários como " O pequeno príncipe", de Antoine de Saint Exupery, e "Coração" (Cuore) de Edmundo de Amicis. Sem falarmos dos  livros psicografados de autoria de Neio Lúcio, Casimiro Cunha e Meimei.

            O evangelizador habilidoso que através de bom planejamento, consegue fazer a criança sentir o que aprende, proporciona:

            - aprimoramento espiritual, estimulando-lhe pensamentos criadores e positivos;

            - correção de impulsos negativos;

            - apreciação da beleza e do valor moral;

            - o desenvolvimento da sensibilidade;

            - a descoberta de si mesma, daquilo que os psicólogos  chamam de "escala de valores".

            Diz Nely Novaes em seu livro "O Ensino da Literatura", quanto ao valor da literatura e suas várias ocorrências:

            - despertarão na criança uma série de valores latentes em seu íntimo, valores que estão à espera de um impulso para se projetarem na sua experiência de vida do dia-a-dia (solidariedade, lealdade, caridade, a  luta, o bem, o valor do esforço...);

            - atuarão sobre a potencialidade psíquica, despertando  e desenvolvendo seus dotes de imaginação e gosto  artístico, predispondo-a a emocionar-se diante da beleza moral e da estética;

            - oferecerão alimento fecundo à imaginação da criança,  preparando-a para o conhecimento da realidade circundante, levando-a paulatinamente do reino da fantasia para o dos valores do mundo concreto que a rodeia (o conhecimento da realidade pode ser realizado  sem traumatizar a criança);

            - desenvolverão pela leitura e reprodução, a capacidade  expressiva da criança.

 

            SUGESTÕES DE ATIVIDADES

            - Ler estórias reais e imaginárias.

            - Contar estórias com frequência.

            - Ouvir estórias e poesias contadas ou lidas pelo evangelizador.

             - Ouvir estórias em discos (CD ou DVD).

            - Fazer coro falado de uma poesia (jogral).

            - Discutir as partes que mais gostou numa estória. - Apresentar uma pantomima da estória. - Dramatizar estórias e poesias.

            - Incentivo a fazer um álbum de poesias favoritas.

            - Fazer coleção das expressões marcantes de poesias e estórias.

            - Fazer álbum de estórias recortadas dos jornais (destacando sempre fundo moral). - Ilustrar com desenhos, as poesias e estórias.

             - Comemorar a Semana do Livro, com dramatização de estórias e poesias.

             - Ler e discutir estórias reais, de vários países, folclores, etc. Também empregar mitos, lendas e poesias.- Encorajar a criança a fazer poesias.

            - Encorajar a criança para trabalhos de escrita criadora: escrever estórias sobre temas já discutidos.- Contar estórias à vista de gravuras.

 

            GÊNEROS DA LITERATURA

            Na evangelização da infância, aplicamos os seguintes gêneros da literatura:

            1) Estória

            2) Conto

            3)Poesia

            4)Crônica

            5) Teatro

            O gênero literário mais utilizado na evangelização é a  Estória.

            1 - A estória: A arte de narrar estórias é um capítulo da literatura infantil. Não constitui criação recente; pelo contrário, data de épocas remotas. As normas e os preceitos de sua aprendizagem é que são recentes.

            A estória na Antiguidade era contada para distrair e fazer dormir uma criança: qualquer babá era versátil na arte de contar estórias.

            Atualmente, contar estórias traz objetivos mais amplos, como: interessar, evangelizar, educar, formar atitudes positivas, etc. Tal arte deve ser um aspecto cuidado e desenvolvido com habilidade necessária a um evangelizador.

            Segundo Malba Tahan, uma pessoa inculta poderá narrar um fato ou uma ocorrência, com graça, clareza e interesse, assim como uma pessoa culta poderá fazer a sua narração confusa, monótona e desinteressante, se não possuir as habilidades necessárias a um bom narrador. Conclui-se pois, que o dom de ''bem narrar'' desenvolve-se e expande-se quando bem cuidado nos aspectos de clareza, graça, vivacidade e interesse.

            Pautando princípios de Claparéde: '' A infância foi feita para brincar e imitar'', não se poderia de forma alguma imaginar uma escola, qualquer seja o seu objetivo, sem a Hora do Conto, que constitui uma atividade indispensável para a criança. Para Francis Parker, todo educador deve ser necessariamente um bom contador de estórias.

            As estórias se apresentam em  dois tipos: Reais e imaginárias.

            - REAIS : São mais importantes que as imaginárias, por contarem a verdade dos fatos e coisas. São as estórias reais de grande importância, pela verdade moral e aplicação imediata. A estória real não só ensina, como também deixa evidente a vitória do Bem.

            Os fatos históricos fazem parte das estórias reais: trazem o passado histórico ao conhecimento da criança.

            Aventuras cotidianas são estórias reais comuns à natureza humana - mostram à criança, problemas de nossa vida, tipos de pessoas, padrão de comportamento, etc.

            Estórias regionais mostram a vida de certas regiões do pais.

            As biografias são uma lição de coragem, de fé, de bravura, com as quais as crianças tem oportunidade de conhecer padrões de valor. Ao contarmos por exemplo, a biografia de Emmanuel ou a do Dr. Bezerra de Menezes, trazemos fatos reais de suas vidas, cheios de testemunhos de caridade e tarefa redentora de muitos.

            IMAGINÁRIAS : São inventadas, fruto da imaginação, irreais. Fazem parte das estórias imaginárias: parábola, fábula, apólogo, lenda e o conto de fadas.

            I) Parábola - É uma narração alegórica, que encerra uma verdade importante ou um preceito de moral. É uma das mais conhecidas formas de ensinar (a moral). Surgiu na Grécia. Era difundida entre os árabes e hindus, mas permaneceu pela excelência dos ensinamentos trazidos por Jesus.  Ex.: Parábola da ovelha perdida, Parábola do Bom Samaritano, etc.

            II) Fábula - É uma estória imaginária, em que os animais assumem característica e falam, sentindo como o homem. Encerra sempre uma lição de moral. É um gênero literário de tradição popular dos gregos e outros povos. O espírito geral é realista e irônico. A temática varia: a vitória da bondade sobre a astúcia, da fraqueza sobre a força, demonstração de piedade para com os que não a possuem, a derrota dos presunçosos, dos orgulhos, etc. Quanto à sua origem, existia entre os assírios e babilônios, na forma que veio a ser fixada por Esopo, no século VI A.C.. No século I D.C. assumiu categoria artística e mais tarde, nos tempos modernos, ganhou forma de refinamento literário com Jean de La Fontaine. As fábulas visam atingir os adultos. As estórias comuns usadas no Jardim e no Primário, em que os animais falam, não são fábulas pois dirigem-se à criança e contém moral velada. Ex.: '' O lobo e o cordeiro''; ''A raposa e as uvas''.

            III ) Apólogo - É semelhante à fábula, porém são as plantas e os objetos que falam, assumindo características humanas. Contém profundo ensinamento moral. Ex.: A bota e a sandália de veludo''; O carvalho e o caniço''; " A agulha e a linha''. etc.

            IV) Lenda - É uma estória imaginária que, embora baseando-se num fato real, este foi fantasiado, modificado e ampliado de tal forma que dificilmente poder-se-ia distinguir o elemento fictício do verdadeiro. Ex.: Negrinho do Pastoreio''; O Saci''; ''A Danças dos Tangarás'', etc.

            V) Conto de Fada - É uma narrativa menos intensa, com acentuada característica moral que se revela, sempre recompensando a virtude e punindo o mal. Sendo imediatistas as crianças manifestam profundo agrado pelos contos de fadas. Apesar disso, aconselhamos o uso de Conto de Fadas em aulas e principalmente em comemorações e festividades (teatro), porém sem abuso, a fim de não confundir o entendimento da ação dos espíritos benfeitores, com a ação fictícia das fadas.

            As estórias imaginárias apresentam-se ainda de forma repetitiva e acumulativa.

            Repetitivas - São expressões que se repetem diversas vezes na estória: Tonho, o elefante''; ''Ninguém escutava André''.

            Acumulativas - As expressões se repetem, mas em cada repetição surge um elemento novo. Ex.: ''A casa do João''. ''A formiguinha e a neve'', etc.

            2 -  A estória e a evolução dos interesses infantis - Quando a estória está apropriada à idade do pequeno ouvinte, ela suscita interesse e prende-lhe a atenção. Sempre as estórias devem ser apresentadas de acordo com o desenvolvimento de seus interesses.

            Ciclo Jardim (4 a 6 anos): A criança deste período acha-se presa às coisas e fatos concretos do meio em que vive. Está diretamente ligada aos seus familiares (irmãos, avós, tios...) com o cãozinho, o gatinho, o cavalinho, etc. As estórias nesta fase podem envolver tais figuras ou personagens.     Logo, estórias para crianças nesta fase ou faixa de idade, devem ser simples, com poucos e conhecidos personagens.

            São muito apreciadas nesta fase de desenvolvimento mental, estórias entremeadas com rimas e sons onomatopaicos. Sons que imitam vozes dos personagens, sejam eles humanos, de animais ou coisas. Assim, o roque-roque do Ratinho, o troc, troc, troc do cavalinho, despertam logo a atenção e o agrado das crianças. Os estribilhos também oferecem nas estórias, verdadeiro enlevo. Nesta fase de desenvolvimento a criança não pode acompanhar grandes enredos.

            Ciclo Primário (7 a 10 anos): A imaginação da criança torna-se exuberante e criadora, e intervém na sua vida. É a fase da fantasia. Um pedaço de pau pode representar um boneco que fala e anda; uma pedrinha, para todos os efeitos, é um cãozinho amigo; uma caixa se transforma em casa de bichinhos, etc.

            Nesta fase, ouve a mesma estória sempre com o mesmo encantamento e interesse.

            Ciclo intermediário (11 a 14 anos): A criança passa de um período de pura imaginação para um período de realidade. Agora agradam-lhe as aventuras, anseia por conquistas. É a fase das coisas reais, que estão distante, mas com possibilidades de serem alcançadas; diríamos, é a fase da aventura.

            Estórias reais podem satisfazer esses interesses. Há personalidades, que se destacaram pela nobreza, pela inteligência, pelo idealismo, pela coragem, servindo a humanidade. Suas biografias podem e devem ser apresentadas, dentro de uma linguagem acessível, viva e cheia de interesse.

            Normalmente, a menina lê mais que o menino, interessando-se pelos assuntos familiares, sociais escolares e atividades domésticas. O interesse dos meninos reside em biografias, aventuras, fatos policiais, mistérios, etc. O programa para o Intermediário satisfaz essa fase: Velho e Novo Testamento, Vida de José, Moisés, Jesus, Paulo de Tarso etc.

            A divisão em idades, separando a evolução dos interesses da criança, não é rígida. As fases se interpenetram, apresentando-se muitas vezes simultâneas, porém, em determinada idade, há predominância de interesses. Diferenciam-se ainda quanto ao sexo e interesses diversificados devido à proveniência sócio econômica e nível intelectual.

            3 - Forma de Apresentar as Estórias: São suas as formas pelas quais podemos apresentar as estórias: ler ou contar.

            Estórias Lidas - Quando o valor da estória também estiver na beleza da linguagem, ela poderá ser apresentada através da leitura, principalmente para os ciclos Primário e Intermediário (último ano do Primário e todas os anos do Intermediário). Há pormenores descritivos de ambiente, de cores, há originalidade de expressões que elevam pela graça, que na estória contada não poderiam ser reproduzidas com a fidelidade do trecho, mesmo que o narrador fosse ''versátil'', a menos que o narrador tivesse memorizado o trecho.

            Devem ser lidos os trechos ou as estórias, das quais, contadas roubaríamos a graça, a riqueza das expressões.

O evangelizador que se dispuser a utilizar essa forma de apresentação, além de dominar perfeitamente o mecanismo da leitura,  deve ainda  estar preso a estes cuidados:

            a) Evitar a monotonia: efetuar leitura fluente, graciosa, movimentada, observando bem as pausas. A voz do narrador dará vida, graça e movimento ao trecho;

            b) Olhar de vez em quando para os ouvintes: levantar os olhos, fixando ora uns, ora outros.

            Estórias Contadas - Devem ser contadas as estórias que trazem a graça a beleza, o interesse, mais no enredo que na forma. São estórias que apesar de contadas, não perdem seu encanto, pois seu valor está no enredo. Normalmente, são as estórias contadas a forma de apresentação que as crianças mais preferem. Proporcionam maior comunicação entre o evangelizador e os alunos.

            A estória poderá ainda ser lida e contada, ao mesmo tempo, desde que haja trechos importantes, rimados, com estribilhos, etc.

            4 -  Como contar Estórias - Muitos julgam facílimo contar uma estória. Puro engano. São poucos os bons contadores de estórias. Vejamos estas sugestões:

            I) Nunca conte estórias que não interessem ao nível da classe.

            II) É muito importante que as crianças estejam, fisicamente bem próximas ao evangelizador, se possível, dispostas em semi-círculo, para sentirem-se próximas mentalmente.

            III) Nunca quebrar a narração para fazer comentários (mesmo ligados à estória) nem mesmo para chamar a atenção de alguma criança.

            IV) Conhecer bem a estória a ser narrada. O evangelizador que ler a estória pouco antes da aula, não está apto a narrá-la.

            V) Planejar a apresentação da estória antes de contá-la, treinando antes a sequência dos fatos, ligando-os à apresentação das gravuras ou cartazes a serem utilizados durante a narrativa.

            VI) Verificar se a estória contém passagens que necessitem de anterior explicação. Caso exista, simplificar ao máximo, passando à sua necessária explicação.

            VII) Verificar se a estória ainda não é do conhecimento das crianças. O prévio conhecimento, diminuiria muito o interesse.

            VIII) Não ponhas ênfase em pormenores em importância. Além de cansar, tiraria o valor das partes principais.

            IX) Contar com naturalidade, usando uma linguagem simples e correta. A linguagem deve estar à altura do entendimento das crianças.

            X) Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenum.

            XI) Nunca interrompa a narrativa, e conte a estória com velocidade crescente.

            XII) Verificar se as crianças estão bem acomodadas. Acumulo de crianças tende a quebrar o interesse.

            XIII) Fale sempre em tom agradável, nem depressa, nem devagar.

            XIV) Evite comentários inúteis, pois cansam a criança.

            XV) Evite balbuciência (hesitação e timidez)

            XVI) Evite tartareio: Trocar ''tá'' por está; ''né'' pois não é; ''ocê'' por você.

            XVII) Evite cacoetes: Dizer sempre ao fim da frase...Não é? Certo? Entende? Compreende? Aliás...etc.

            5 - Etapas de como contar Estórias:

            I) Incentivo inicial - Nunca entramos diretamente no início da estória. Através de conversações, gravuras, vários tipos de material didático, perguntas e outros recursos, aguçamos a curiosidade e o interesse da criança com relação a ouvir e conhecer a estória.    

            II) Apresentação de expressões e passagens desconhecidas das crianças - Devem ser explicadas anteriormente, a fim de que não haja incompreensão, durante a narração.

            III) Apresentação da estória - Ao ouvir, as crianças devem estar em simi-círculo, se possível.

            IV) Comentário da estória - Marcar bem a passagem principal, passando a fixar o objetivo da estória, relativo ao tema.

            V) Atividades de desenvolvimento - perguntas individuais, gerais, reprodução da estória e avaliação do aprendido. Pode-se aqui, apresentar ainda a respeito do tema: dramatização, desenho, coro falado (jogral), canções e composições de outras estórias referentes ao tema.

            6 - Características do Bom contador de Estórias:

            a) Conhecer o enredo seguramente, evitando quebras de atenção e desconfiança por parte das crianças.

            b) Confiar em si mesmo, preparando-se convenientemente.

            c) Não ser afetado, narrar com toda a naturalidade.

            d) Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranquilamente.

            e) Evitar tiques, estribilhos e cacoetes a fim de não distrair a atenção dos pequenos.

            f) Atender a todos com igualdade.

            g) Tom de voz agradável e não cansativa.

            h) Sentir o que conta, permanecendo atento aos fatos.

            7 - Plano de Aula de Estória:

            Tema: O Anjo da Guarda

            Ciclo: Jardim

            Estória: ''Franguinha Pintada'' (adaptação)

            I) Incentivação - Sugestão: Do ovinho da galinha, o que é que nasce? (pintinho) - Quando o pintinho vai crescendo, vai ficando gordinho, o que ele se torna antes de ficar uma galinha? (franguinha) - isso mesmo. Hoje vou contar para vocês a estória de uma franguinha, mas uma franguinha muito passadeira, que passou por um grande apuro.

            II) Apresentação e explicação de algum vocábulo desconhecido pelas crianças.

            III) Contar a seguinte estória: Pintada era uma franguinha muito passadeira. Sua mãe sempre lhe dizia: - Pintada, você passeia demais e sempre vai muito longe. Qualquer dia, você não encontra o caminho de volta para casa. Vai ficar aflita.

            Mas Pintada não atendia aos conselhos de sua mãe.

            Um dia, saiu a passear e ficou perdida. A noite chegou e Pintada estava longe de casa. Ela ficou encolhidinha, debaixo de uma árvore, esperando alguém passar.

            De repente, ouviu uns barulhinhos nas folhagens e perguntou:

            - Onde posso encontrar um lugar para ficar? Não tenho onde passar a noite. Eu estou perdida e não encontro o caminho de casa!

            - Venha comigo, eu sei onde você vai passar a noite, disse o desconhecido.

            Pintada foi acompanhando o desconhecido. Andaram, andaram...E onde Pintada foi parar?

            Pintada foi parar no ninho da raposa amarela. Vocês sabem que as raposas gostam muito de comer franguinhos? Pois quando Pintada percebeu onde estava, começou a chorar.

            A raposa esperta, levou-lhe algumas palhas, e disse-lhe:

            - Pode dormir aqui. Hoje não vou comê-la porque estou muito cansada. Mas amanhã eu a comerei.

            A raposa foi-se, fechando a porta e apagando a luz.

            Pintada tremia de medo. Chorava e rezava baixinho. Pedia a ajuda do Anjo da Guarda. Prometia nunca mais passear tão longe de casa. E rezando com muita vontade, de repente, ela viu que a porta foi abrindo de mansinho e surgiu uma linda moça, cheia de luz, com um sorriso muito bondoso, que lhe disse:

            - Pintada, vou ajudá-la a sair deste apuro! Mas só esta vez eu vou ajudar você, porque acho que agora, com este susto, você aprendeu a obedecer a mamãe. Sabia que a mamãe também é um anjo da guarda para seus filhinhos.

            Pintada saiu depressa, muito feliz por estar livre. A noite ainda estava muito escura. Acompanhando a luz de seu Anjo da Guarda, Pintada conseguiu andar depressa, quase correndo, com medo de a raposa acordar e alcançá-la. E assim, guiada pelo Anjo amigo, Pintada chegou em casa. Papai e mamãe abraçaram-na felizes e reunidos, rezaram ao bondoso Anjo agradecendo o auxílio recebido.

            Pintada deitou-se, ainda tremendo do grande susto, dormiu contente.

            IV) Comentário :

            - Como se chamava a franguinha desobediente?

            - O que aconteceu com Pintada?

            - Onde Pintada foi parar?

            - O que a raposa queria fazer?

            - Quem salvou Pintada?

            - O que fez Pintada para chamar o seu Anjo da Guarda?

            - Como Pintada conseguiu chegar em casa?

            - Pintada fez bem em passear longe de casa?

            - A raposa foi bondosa?

            - Quem é o Anjo da Guarda?

            V) Atividade de recreação: Pintar a cena em que o Anjo da Guarda abre a porta para Pintada.

            8 -  Elementos essenciais da estória: São quatro (4) os elementos essenciais da estória: introdução, Enredo, Clímax e Conclusão.

            a) Introdução - É a forma pela qual o evangelizado inicia a narração, procurando interessar a criança pelo conhecimento da estória. Deve ser curta e chamar a atenção. Deve-se localizar a estória no tempo e no espaço (quando e onde aconteceu) apresentando-se os personagens com suas características próprias.

            Apesar de muitos professores acadêmicos, hodiernamente combaterem o inicio da introdução da estória com o clássico ''Era uma vez...'', adiantamos que essa fórmula é do inteiro agrado da criança, podendo o evangelizador variar, a fim de não padronizar. Ex.: ''Há muito tempo...'', ''Certo dia...''; Vivia em tal lugar...

            b) Enredo - (ou sucessão de fatos) - É a sucessão da ação dos personagens. É o desencadear dos fatos que compõe a estória. A sequência dos fatos deve ser regular, de intensidade emocional crescente, até atingir o clímax da estória. É importante velar o fim ou o desfecho da estória até o final da mesma, para que as crianças não percam o interesse. O enredo deve ser movimentado, interessante, ter moral implícita, unicidade e surpresas.   

            c) Clímax acentuado - É o ponto máximo da estória, e o suspense, a surpresa que toda boa estória deve conter, pois para ele converge toda a curiosidade e consequentemente o interesse da criança. Quanto mais imprevisto for o clímax, tanto mais valiosa será a estória.

            d) Conclusão ou desfecho - Após o clímax, a estória deve chegar rapidamente à conclusão.

            É interessante que, sempre ao terminarmos de contar uma estória, ao invés de apontarmos a moral da mesma, levemos a criança a raciocinar e tirar suas próprias conclusões a respeito. Normalmente, quando a estória se ajusta ao nível da criança, não é preciso que o evangelizador pregue a moral, pois a própria criança  alcança a sutileza da moral implícita. Caso a criança não saiba tirar sozinha as conclusões sobre a moral da estória, é porque a estória esteve acima de sua capacidade de compreender.

            9 - Como Adaptarmos uma Estória:

Muitas vezes, a estória encontrada não se ajusta às necessidade do tema, estando em desacordo aos objetivos a serem atingidos. Outras vezes, não apresenta as características necessárias a uma boa estória, daí então surge a premência de procedermos à uma análise minuciosa, a fim de adaptarmos convenientemente às exigências previstas.

            Na adaptação utilizamo-nos do seguinte critério:

            a) Nível mental da classe - Primeiramente, verificar se a estória serve ao nível da classe a que se destina. Caso não sirva, simplificá-la, ampliá-la ou facilitá-la, tornando-a ajustada à percepção das crianças.

            b) Assunto - Verificar se a estória gira em torno do tema, cuja moral desejamos ensinar. Eliminamos o desnecessário, construindo fatos que seguem naturalmente a lógica, e que virão contribuir para marcar o tema, com a moral implícita. Convém não esquecermos que o objetivo da estória não é apenas ensinar a moral, mas também recrear.

            c) Elementos Essenciais da estória - Deve haver obediência aos elementos essenciais da estória, contendo a adaptação: introdução que interesse e seja curta; bom enredo, contendo o número e as características dos personagens próprios para o nível mental da classe; clímax que impressione; e conclusão que permita ao evangelizador findar a estória, penetrando suavemente na consecução do objetivo moral.         

            d) Extensão da estória - O ciclo Jardim, exige estórias curtas e poucos fatos. As estórias muito extensas tendem a cansar as crianças. No ciclo Primário, as estórias poderão ser mais extensas, porém com sequência de fatos marcantes, do contrário gera-se a monotonia.

Quando a estória a ser adaptada é longa demais, ou curta demais, adaptação é feita de acordo com as necessidades da classe a que ela se destina. Eliminamos e aumentamos os fatos, sempre com lógica, de acordo com as necessidades.

            I) Estórias curtas demais: devem ser ampliadas, construindo-se fatos de valor, que prendam a atenção e bastante relacionados com a estória. Marcar o clímax, permitindo que o desfecho cumpra com o objetivo.

            II) Estórias extensas demais: Resumir a estória, não permitindo o desaparecimento dos fatos marcantes, relativos aos elementos essenciais da estória. Os incidentes indispensáveis devem permanecer, sintetizados, cortando-se minúcias descritivas e conversações próprias para o nível superior.

e) Erros doutrinários - verificar se em algum ponto, a estória colide com a doutrina. Não deve haver choque algum.

 

            A LITERATURA INFANTIL E O CÓDIGO DE ÉTICA

            A literatura infantil empregada na Escola de Moral Cristã deve ser utilizada como:

            - meio de educação e elevação das probidades individuais e sociais;

            - exaltação da tarefa dos educadores e dos pais;

            - higiene mental e recreação para a criança;

            - respeito a todas as crenças e povos;

            - respeito às autoridades locais, do Estado e do País;

            - respeito à família;

            - ensino da lei e da justiça, triunfando sobre o crime e a perversidade.

             Não utilizar:

            - cenas chocantes, anomalias, relações sexuais, sedução ou cenas do gênero (depravação);

            - pornografia;

            - gíria, e se inevitável, fazê-lo com moderação;

            - estórias de terror, sadismo e masoquismo;

            Evitar:

            - ficção.

 

             O CONTO

            Segundo Câmara Cascudo, "o conto nasceu do povo e foi feito para ele. É um documento vivo, denunciando costumes, ideias, mentalidades, decisões e julgamentos. Para todos nós, o conto é o primeiro leite intelectual".

            O conto é a mais antiga forma de narração, em seu sentido mítico, natural, de narrativa tradicional de "contar e ouvir". As raízes do conto se fundamentam no mito e na lenda. A capacidade de ouvir e dizer é o ponto de partida da aprendizagem, nascendo com o próprio homem, unindo-se à fantasia e à imaginação infantil, que combina as imagens criadas e as refunde. A imaginação é forma de desenvolvimento intelectual. À medida que a mente infantil recebe a narração, cria mentalmente o aspecto dos personagens, dando-lhes vida e movimento, situando-os de acordo com a paisagem em que ocorre cada trecho.

            O conto mais antigo, dizem ser O marinheiro náufrago,  escrito no Egito, cerca de 2.500 anos A.C., deduzindo-se  que "Sinbá, o marinheiro" nele se inspirou.

            O interesse pelo conto é tão forte e insaciável no homem de hoje, como o era antes que ele descobrisse o modo de fazer armas de pedra. O conto é recreação fundamental na  forma educativo-cultural da criança. Toda a aprendizagem apóia na conversação ou narração, e o conto é a sua expressão mais atraente.

            Entre os contos infantis, encontramos: os contos de Fadas (estórias maravilhosas e fantásticas da "fase mágica", até os 7 anos de idade); os contos realistas infantis (narram as experiências reais da criança, do seu mundo, seus' brinquedos, etc.); contos humorísticos (narram fatos desconexos,  aparentemente sem sentido, como "Alice no País das  Maravilhas", ou no "País dos Espelhos"); contos de aventuras (narrativas heróicas, policiais ou românticas); contos científicos (de ficção científica, para a fase escolar); contos da natureza (sobre a terra, o cultivo da terra, o lavrador, o camponês, o jardineiro, o pastor, os bichos e sua vida, seu meio e utilidade, etc.); os contos éticos (também chamados moralizantes, como as fábulas e apólogosj; os contos folclóricos (de sabor popular, fantásticos, ricos de conteúdo regional, de grande interesse, para as crianças); contos religiosos (da vida de figuras consagradas pelos ensinamentos e  exemplificações morais); e contos biográficos (sobre a estória da vida de grandes vultos da humanidade).

            Os contos de Fadas são de alto valor, pela beleza que cultiva a emoção, pelo otimismo e a força do querer realizar,  pela vitória do bem, do correto, do caráter e da justiça. As fadas, os gênios, ilustram os caracteres humanos: o bom, o justo, o mau, o tirano, o traidor, colocações reais da vida de que não se pode alienar a criança e de que ela se informa sem maior impacto, por insinuação, nascendo das situações recreativas.

            O conto deve agradar, comover e instruir, levando a  criança a desenvolver sua sensibilidade e a compreender as mais variadas ações da imperfeita criatura terrestre, robustecendo com isso a sua inclinação a evoluir nos preceitos do Bem, fortalecendo o mais cedo possível seu alicerce na prática das virtudes.

            Os contos traduzem sempre o Bem e o Mal. Entretanto, é preciso que o evangelizador saiba excluir os contos sádicos, de dragões assassinos, bruxas perversas, ogros sanguinários e comedores de crianças.

            Os contos de Fadas tiveram grandes divulgadores como  Charles Perrault (França), Irmãos Grimm (Alemanha) e Hans C. Andersen (Dinamarca). Atualmente, são inúmeros os autores que trazem contos graciosos e interessantes, inteiramente  dicados à criança, como Malba Tahan.

            Na literatura espírita, encontramos inúmeros contos de grande valor para todas as faixas etárias, escritos por Roque Jacinto, (O Lobo Mau Reencarnado; D.Loba); Meimei (A Cartilha do Bem; Pão Nosso); Neio Lucio (O Cameiro Revoltado); Irmão X (Pontos e Contos, Crônicas e Apólogos); Hilário Silva (A Vida Escreve) e outros.

            1 - Plano de Aula de Conto

            Tema: Ambição

            Ciclo: Jardim

            Estória: O rei Midas

            I) Incentivação: - Iniciar a aula perguntando às crianças, se fosse possível termos um grande poder, qual poder escolheriam para si. Após as mais variadas respostas e os devidos comentários do evangelizador, analisando e valorizando as respostas construtivas, mostrando também os efeitos e consequências das respostas negativas, dizer: - hoje vou lhes  contar a estória de um homem muito ambicioso, pois seu único desejo era possuir ouro.

            II) Conto: - Em tempos passados, um Gênio poderoso  perguntou ao rei Midas, o que é que ele mais desejava. O rei, depois de pensar um pouco respondeu:

            - Conceda-me o poder de mudar em ouro todas as coisas que eu tocar.

            O Gênio não achou bom o pedido, mas respondeu:

            - Está concedido o que pedes.

            O rei Midas, muito ansioso, quis logo por à prova o poder recebido. Caminhando pelos jardins do palácio, apanhou um galho de flores e o galho transformou-se em ouro.

            Encantado, abaixou-se e pegou do chão uma pedra, e ela  transformou-se em ouro. Logo depois, encheu a mão de terra e o punhado de terra virou ouro. Ergueu os braços e colheu na macieira ao lado, uma linda maça, e a maçã de ouro parecia vir de um pomar maravilhoso.

            A alegria do rei Midas era muito grande. Voltou para o palácio e disse aos servos que preparassem um grande banquete, para comemorar o acontecimento. Ficaria muito rico e o seu reino seria o mais rico de todos os reinos.

            Pronto o banquete, o rei sentou-se à mesa com os convidados, mas quando tocou o primeiro pedaço de pão, este transformou-se em ouro nas suas mãos. Tocando os outros  alimentos, viu-os transformados em ouro. Ao por os dedos no copo de vinho, o mesmo aconteceu. Não pôde comer.

            Desapontado com o que sucedera, deixou o banquete e foi procurar sua querida filhinha, com quem muito gostava  de se divertir. Ao abraçá-la, a linda menina tonou-se uma  estátua de ouro. O rei ficou desesperado. Viu que sua vontade de possuir muito ouro, o levara ao sofrimento. E chorou.

            Chorou com tanta aflição, que o Gênio lhe apareceu e prometeu libertá-lo do poder de mudar tudo em ouro.

            - Quem muito quer, nada tem, meu amigo. Vá banhar-te  nas águas do rio e o teu poder desaparecerá.

            O rei Midas assim fez. Mergulhou no rio e o poder criador de ouro desapareceu nas águas. Ao mesmo tempo, todas as coisas que tocara, deixaram de ser ouro.

            Feliz ao ver sua filhinha mover-se novamente, abraçou-a pensando que a ambição só lhe trouxera infelicidade.

 

            A POESIA

            A poesia é a primeira manifestação de expressão literária; é pela poesia que se iniciam todas as Literaturas. Omitir a  poesia na vida da criança, é suprimir-lhe uma das atividades mais ricas, pois a poesia é a forma mais viva e emocional da linguagem, conduzindo o homem a seu semelhante, aos seres, as coisas, à natureza, enfim ao universo, em toda a sua grandeza.

            É interessante incluirmos poesias na Escola de Moral Cristã, cujos fundos morais preencham as necessidades do tema proposto, variando e enriquecendo as atividades dos  aprendizes.

            Cabe ao evangelizador selecionar as poesias de acordo com os interesses relativos à idade,e fazer com que as crianças  leiam com emoção e sentimento, Muitas vezes a alma infantil se emociona bem mais com a linguagem dos versos do que com a linguagem da prosa.

            A criança gosta realmente da poesia desde que ouve e  canta as cantigas de roda. Segundo Cassiano Nunes e Mário  da Silva Brito, não existe poesia determinadamente educativa, religiosa, política ou patriótica. Simultaneamente, ela é tudo isso.

            Atualmente, é vasto o campo da poesia na literatura espírita, trovas e versos contendo ensinamentos preciosos,  trazidos os pela psicografia de Francisco C. Xavier, de autoria de diversos espíritos.

            Diz-nos o venerável espírito Emmanuel: "A poesia é um idioma diferente dentro do idioma e a trova é poesia diferente, dentro da poesia. Sabemos, outrossim, que as quatro linhas de uma trova encerram um mundo de imagens, vinculadas às fontes de emoção e da ideia que as produzem. São gemas preciosas do pensamento, em sínteses de consolo  e esperança, beleza e ensinamento, paz e luz". (Trovas do outro mundo).

            1 - Etapas para apreciação da poesia

            I) Incentivação - Referência ao título, ao autor, e o  uso de recursos que despertem o interesse.

            II) Explicação -de vocábulos ou alegorias difíceis.

            III) Leitura - em voz alta, pelo evangelizador (uma ou  duas vezes para que as crianças compreendam a idéia  principal).

            IV) Leitura silenciosa - pelos aprendizes.

            V) Apreciação da poesia - o evangelizador dirige os alunos  na apreciação da poesia, destacando-lhe principalmente o que a poesia ensina, o objetivo do autor, as comparações com o que ocorre no cotidiano. Deverá ser um comentário habilmente dirigido e não uma explicação literal da poesia.

            VI) Nova leitura - da poesia pelos alunos.

            VII) Interpretações individuais - a respeito do ensinamento que a poesia traz.

            VIII) Atividades relacionadas - aplicação da poesia em coro falado, desenhos, canto, etc.

            2 - Plano de Aula de Poesia

            Tema: Amor ao trabalho

            Ciclo: Primário

            Poesia: 1° de Maio

            Autoria: Dinah Pereira Brandão

            I) Objetivo - Dignificar qualquer tipo de trabalho, ensinando o valor de todos no conjunto.

            II) Incentivação -  Mostrar as vantagens do trabalho,  principalmente quando realizado com prazer. Vantagens da independência material, realização e ideal, necessidade de  vida, combate à ociosidade, etc. Os alunos devem trocar idéias, falando sobre o trabalho e suas vantagens, mesmo  das pequeninas coisas que fazem: (jornaleiro) - "Sou feliz  quando vendo meu jomal"; (engraxate) "- Fico satisfeito quando o meu freguês elogia o brilho que dou ao sapato'".Cuidar do quarto, aparência pessoal, limpar o carro do papai, também fazem parte do trabalho que podem fazer as cianças.

            III) Apresentação de vocábulos e expressões difíceis.

            IV) Apresentação da poesia: 1° de Maio

 

            O mundo inteiro se levanta:

            A planta cresce

            Onde a mão do homem entra.

 

            A casa nasce

            Onde o pedreiro canta.

 

            A igreja se enche

            Onde a fé se implanta.

 

            A escola vibra

            Onde o estudo avança.

 

            O amor progride

            Onde existe o afeto.

 

            Então os olhos vêem

            Centenas de culturas,

 

            Belas árvores a dar

            Os frutos saborosos,

 

            Altos andares acolhendo povos,

            Flores infindas perfumando.

 

            O mundo inteiro se levanta,

            Dignidade e honra:

            Os homens trabalhando!

 

            V) Leitura da poesia em voz alta pelo evangelizador.

            VI) Leitura silenciosa pelos alunos, para saber do que fala a poesia.

            VII) Apreciação de cada trecho da poesia, feita pelo evangelizador, da seguinte forma:

            O mundo inteiro se levanta:

            Auxiliar a criança da seguinte forma:

             - Por que a autora usou a palavra levanta? Por que trabalho significa estar de pé, cheio de ânimo, coragem, entusiasmo, iniciativa, prontidão, alerta.

            Se ela dissesse: "O mundo inteiro sentou-se", o que você pensaria?

            Por que usa a palavra "mundo"? Na poesia a palavra  mundo está representando o que? -O homem trabalhador,  abrangendo todas as profissões, a saber: lavradores, escriturários, professores, pedreiros, médicos, lavadeiras, bailarinas, etc...

            A planta cresce

            Onde a mão do homem entra.

            Que quer dizer onde a mão do homem entra?

            - Que fazem as mãos humanas?

            Como tudo se transforma a seu toque!

            A planta cresce, porque a mão do homem a toca? Será? E apenas um outro símbolo. Crescer quer dizer: desabrochar, florescer, expandir...

            As mãos hábeis significando o carinho, a vigilância. Veja  a sua professora, faz com que sua mente floresça, que você  aprenda... que nasça em sua mente coisas novas.

            A casa nasce

            Onde o pedreiro canta.

-             Pedreiro cantando e a casa nascendo. Cantando, na  poesia, significa, trabalhos feitos prazeirosamente -com alegria, prazer. Fazer comentários com os alunos.

            A igreja se enche

            Onde a fé se implanta.

            Das pessoas que estariam dentro de um templo, quais as  que estariam trabalhando? Qual o trabalho do amigo Espiritual? Do orientador Espiritual? Quais os frutos de uma prece? O trabalho é uma prece?

            O trabalho dos que seguem a Jesus é apenas orar?

            A escola vibra

            Onde o estudo avança. 

            Por que associar escola ao trabalho?

            - Estudar é trabalhar? - Que quer dizer "escola vibra"? Comentários com os alunos.

            O amor existe

            Onde existe afeto.

            - O que acham que seja afeto?

            Quem tem afeto por nós? Somente nossos pais?

            Então os olhos vêem

            Centenas de culturas.

            Olhos de quem? Do mundo que se levantou? As culturas são resultado de que? Comentários: frutos de trabalhos realizados.

            Belas árvores a dar

            Os frutos saborosos.

            Só as árvores dão frutos?

            Quais os frutos do seu trabalho?

            Qual o fruto da ociosidade?

            Altos andares acolhendo povos

            Flores infindas perfumando.

            Altos andares, fruto do trabalho. Quantos contribuiram  para esses altos andares? Que significa flores perfumando" Carinho, amor, dedicação, cortezia, fraternidade, progresso.

            O mundo inteiro se levanta

            Dignidade e honra

            Os homens trabalhando.

            Ainda o mundo de pé significando dignidade; honra, homens que tem fé em Deus, em si, nos outros, na vida.

 

            A GRANDE FÁBRICA

            (Jesus Gonçalves)

 

            A uma fábrica o mundo se compara.

            o proprietário é Deus, Jesus o Mestre.

            E num labor constante, que não para.

            progride a grande fábrica terrestre.

 

            Cada alma é no mundo um operário,

            que vem tecer a túnica futura.

            Aquela que há-de ter como salário

            é a vestimenta branca da candura.

 

            Há fios de toda cor, no estoque imenso,

            Na preferência, plena liberdade

            Da aplicação serena do bom senso,

            depende o não errar na variedade.

 

            O preto é feio, a encarnação dos vícios.

            O branco simboliza o Bem, o Amor.

            Quem tece mal, tem lutas, sacrifícios,

            a repetir as provas no labor!

 

            Que se acautele o tecelão prudente.

            Escolha os fios que tem a cor da luz.

            Assim irá morar, resplandecentes,

            nas fúlgidas moradas de Jesus!

           

            A poesia também deve fazer parte das comemorações e festividades, podendo acontecer nas reuniões entre pais e evangelizadores.

 

            O CÔRO FALADO OU JOGRAL

            No passado, os jograis foram músicos que cantavam ou recitavam em festas populares, mediante pagamento.

            O coro falado ou jogral, consiste num grupo de vozes, recitando uma poesia ou um trecho, com unidade e beleza. O valor do jogral está em unir, recrear, disciplinar e educar a criança, ensinando-a a prestar sua colaboração no grupo ao qual pertence.

            Atualmente os jograis são utilizados em teatros, principalmente em escolas (festividades e comemorações) com a participação de grupos unísonos de vozes suaves e harmoniosas.

            Na Escola de Moral Cristă, o jogral deve ser realizado com utilização de trechos ou poesias adequadas ao ambiente puro, saudável e moralizado, características desse agrupamento.

            1 - Como planejarmos um coro falado

            Os requisitos necessários ao trecho ou poesia, para aplicação num coro falado, são:

            Ritmo

            II) Elemento lírico (versos que agradem, emocionem e  moralizem)

            III) Diálogos

            IV) Sons onomatopaicos

            V) Ação, movimento

            VI) Musicalidade

            A poesia ou trecho para ser aplicado ao coro falado, deverá antes ser apreciado pelas crianças. No ciclo Jardim e no ciclo Primário, as crianças não executam propriamente um  coro falado, mas ganham habilidade de dizer em uníssono uma poesia ou um verso.

            Além de desenvolver a dicção e a pronúncia, a importância do coro falado está também no encorajar os alunos tímidos, que nunca se sentem à vontade apresentando-se a sós.

            2 -Etapas do Coro Falado

            I) Incentivação

            II) Desenvolvimento:

            Leitura do trecho, pelo evangelizador

            Leitura do trecho, pelos alunos

            Recitação do trecho, pelos alunos

            Discussão sobre a maneira de apresentar o trecho

            *Divisão dos alunos em grupos

            Treino de cada grupo, separadamente e depois treino em conjunto, com ritmo e cadência.

            Na divisão dos alunos em grupos, temos: Sugestão - solo: uma criança com boa dicção; 1° Grupo: vozes agudas (femininas); 20 Grupo: vozes, graves (masculinas). Os grupos devem sempre conter o mesmo número de vozes. Cada grupo poderá ter até 10 crianças, com no mínimo de 3. O jogral poderá ser constituído de quantos grupos forem necessários. Os grupos devem permanecer em semicírculo, para a apresentação.

            III) Realização do Coro Falado

            IV) Avaliação

            Coro Falado para o ciclo Jardim:

            Título: Papai do Céu, obrigado

            Autoria: Annette Wynne

            1° Grupo: Pelas flores que no campo já estão desabrochando.

            2° Grupo: Papai do Céu, Obrigado.

            1° Grupo: Pela graminha tão verde, tão suave, tão macia.

            2° Grupo: Papai do Céu, Obrigado.

            1° Grupo: Pela voz dos passarinhos que nos dão tanta alegria.

            2° Grupo: Papai do Ceu, Obrigado.

            1° Grupo: Por todas as coisas belas que estou vendo e escutando.

            2° Grupo: Papai do Céu, Obrigado.

            Coro Falado para o ciclo Primário

            Título: Conversando

            Autoria: Bárbara Carvalho

            1° Grupo: Um dia, me perguntou um dos anjos de meu lar:

            2° Grupo: -"Porque é que os passarinhos só vivem sempre  a cantar?"

            3° Grupo: Eu vou lhe dizer por que eles vivem sempre assim:

            - É que não há realmente um passarinho ruim!

            1° Grupo: Repare como eles são: amigos, simples e bons...

            2° Grupo: A todos trazem felizes o seu tesouro de sons.

            TODOS: No seu mundo tudo é Belo: há Bondade, Fé e Amor...

            Amam toda a Natureza e cantam em seu louvor.

 

            A CRÔNICA

            A crônica é um comentário literário em seção periódica nos meios de comunicação (jornais, rádio, televisão, revistas, etc.). Trata-se da narração de fato acontecido na atualidade ou não, comentado a criticado pelo autor, que lhe imprime seu ponto de vista.

            Na literatura espírita, são vários os autores de crônicas  belíssimas, dos quais destacamos os veneráveis Espíritos Irmão X e Hilário Silva. E de conhecimento de todos os maravilhosos contos, crônicas, cartas e apólogos, cheios de  beleza e profundidade moral, traduzindo experiências esclarecedoras para todos, em vários setores do mundo espiritual.

            De grande valor educativo, as crônicas dos referidos irmãos espirituais, poderão ser grandemente utilizadas no  programa do ciclo Intermediário, devidamente adaptadas.

            Tema: Confiança em Deus

            Ciclo: Intermediário

            Crônica: As três orações (adaptação)

            Autoria: Irmão X (Cartas e Crônicas)

            Convidado pela assembleia de amigos, a falar sobre a  resposta do Criador às preces das criaturas, respondeu velho  instrutor cristão:

            - Repetirei a vocês, antiga lenda que corre nos contos  populares de vários países...

             "Em grande bosque, três árvores jovens, em prece pediram a Deus lhes concedesse destinos gloriosos e diferentes.

            A primeira, desejava ser empregada no trono do mais alto soberano da Terra; ao ouvi-la, a segunda árvore declarou que desejava ser utilizada na construção do veículo que transportasse os tesouros desse rei; e a terceira, por último, almejava transformar-se numa torre, nos domínios desse  mesmo rei, para indicar o caminho do Céu.

            Depois das preces feitas, um Mensageiro Angélico desceu à mata e avisou às três árvores que o Todo-Poderoso atenderia às suas rogativas.

            Decorrido muito tempo, lenhadores penetraram no bosque e despindo as três árvores, transformaram-nas em troncos.

            Vendo-se arrastadas para fora de seu ambiente, com seus  frondosos galhos decepados, elas confiaram no Supremo Senhor, e se deixaram levar, com paciência e humildade. Porém, a surpresa que as aguardava, deixaram-nas aflitas. Depois de muito viajar, a primeira árvore caiu em poder de um  criador de animais, que transformou-a em grande cocho destinado à alimentação de carneiros; a segunda, foi adquirida  por um velho construtor de barcos; e a terceira, foi comprada para servir, no momento oportuno, numa prisão de malfeitores.

            As árvores amigas, apesar de sofredoras e separadas, não  deixaram de confiar na mensagem do Supremo Senhor e obedeceram sem queixas ao que a vida lhes impunha.

            Entretanto, naquele velho bosque, as outras árvores haviam perdido a confiança no valor da oração. Porém, transcorridos alguns anos, vieram a conhecer que as três árvores haviam obtido as glórias que solicitaram...

            A primeira, transformada em cocho, depois de forrada  com panos singelos, recebera Jesus, das mãos de Maria de  Nazaré, servindo de berço ao Dirigente Mais Alto deste  Mundo; a segunda, transformada em um barco valente e pobre, foi o veículo que Jesus utilizou para transmitir, sobre as águas, muitos dos seus mais belos ensinamentos; e a  terceira, transformada numa cruz, em Jerusalém, seguira  com Ele para o monte, e ali guardara-lhe o coração repleto de Amor, indicando o caminho do Reino Celestial...”

            Após a narrativa, o velho instrutor completou:

            - Em verdade, meus amigos, todos nós podemos dirigir  a Deus, as mais variadas preces; no entanto, é preciso cultivarmos a paciência e a humildade, confiando, esperando e compreendendo as respostas de Deus.

           

            O TEATRO

            O teatro é tão antigo quanto o próprio homem, porque o teatro é instintivo na humanidade. Desde o "faz de conta infantil, atinge-se a realidade adulta, desenvolvendo,  modificando, apresentando-se aspectos diferentes à cena, porém sempre "encenando". Entre os primitivos, o teatro era um  ritual sagrado: festas dedicadas aos Deuses.

            O teatro clássico vem da Grécia, das festas a Dionísio (Baco e Ceres). Na Idade Média, a Igreja proibiu o teatro,  renascendo no próprio meio com apresentações sacras. No  Renascimento, o teatro tornou-se livre, acompanhando o desenvolvimento da civilização, até nossos dias.

            Primitivamente, no teatro, apenas existiam figuras masculinas. Com o tempo, foi introduzida apenas a máscara"  feminina, e mais tarde, o próprio elemento feminino. Foi  também introduzido o diálogo, o bailado e a música.

            Com o desenvolvimento, surgiram seus três aspectos: a Tragédia, a Comédia e o Drama. A Tragédia, traduzindo as  questões sociais humanas no sacrifício e na morte; a Comédia, a alegria hilariante e satírica; e por fim, o Drama, forma intermediária apresentando a dor e a alegria, tal como a  vida humana.

            1 - O Teatro e a Evangelização

            Como vimos o teatro é fator educativo na evangelização, constituindo poderoso instrumento de auxílio, na Escola de Moral Cristã. Quando a criança "vive" a estória, a retenção do exemplo é muito maior, pois ao esforçar-se para representar o papel, desloca-se do próprio eu, assumindo nova personalidade. Diz a psicologia, que o teatro é a mais perfeita forma de educar  e recrear, pois é a atividade que melhor corresponde a estes objetivos. Toda a iniciativa e espontaneidade deve vir da  criança, sendo o evangelizador apenas o orientador, pois da criança tem muito mais qualidades teatrais do que o adulto: imaginação, espontaneidade e liberdade.

            Dos 4 aos 6 anos (ciclo Jardim), o interesse teatral da criança, reside em pantomimas, contos de fadas e bruxas,  lendas folclóricas de bichinhos. As peças devem ser curtas  e com enredo agradável, sempre trazendo uma mensagem de estímulo à prática das virtudes.

            Dos 7 aos 10 anos (ciclo Primário), o interesse maior está na  fábula e no folclore, apresentando-se peças com estórias reais, bem ao gosto desta idade. Entre 7 a 9 anos, as criança ainda aceitam o conto de fadas.

            A partir dos 11 anos, (ciclo Intermediário) a criança manifesta fervorosamente sua preferência por estórias reais da vida, passagens biográficas que marcaram, pelo elevado padrão moral de viver, etc. Assim, poderão ser encenadas, pequenas peças com trechos do Velho e Novo Testamento, vultos espíritas (biografias) etc.

            O teatro na adolescência, auxilia a disciplinar a natural inquietação que assalta o adolescente, ocupando-o e interligando-o nas atividades dirigidas.

            As peças devem ser fáceis: em linguagem sóbria, correta; diálogos  curtos e simples; conteúdo agradável. Insinuar a moralidade, sem imposição. A peça poderá ser improvisada num  ângulo da sala de aula, ao ar livre ou num jardim.

            O mais importante no teatro é a aprendizagem audiovisual que proporciona, pois educa o espírito e a conduta, sendo recebido duplamente. A imagem é aliada ao ensinamento. O teatro desenvolve o espírito de solidariedade e cooperação.

            2 - O Teatro Indireto: Marionetes, Fantoches e Sombras.

            Muito antes da era cristã, já era conhecido o teatro de bonecos. A denominação "marionetes" é originária de Veneza (Itália), sendo especialmente dada a bonecos movidos por fios, do alto. Fantoches, nome também de origem Itália, é para os bonecos manejados de baixo, com as mãos, e os braços esticados. A cabeça é oca, o que permite ao manejador introduzir os dedos para melhor movimentá-los. O teatro de figuras compreende os bonecos recortados em cartolina ou papel-cartão, movidos num pequeno palco com arame horizontal ou vertical (varetas) que lhes dá movimento e os tira de cena.

            O teatro de sombras, teve grande aceitação na França, onde chegou ao clímax no fim do século XVIII. Originário da China (sombras chinesas) o teatro de sombras é feito por meio de silhuetas. As figuras são refletidas numa tela, iluminadas por detrás. Podem ser silhuetas pretas, ou coloridas, com material transparente como o celofane, etc.

            O teatro indireto é um poderoso fator educativo na Escola de Moral Cristã. Através das imagens e conversações, a criança recreando se aprende a moral, sem imposições e pregações evangélicas cansativas e monótonas. A criança aprende pela simples e sábia insinuação.

(Programa para a infância. Federação Espírita do Estado de São Paulo. Área da infância, juventude e mocidade, 1998).

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