A inveja do Pequeno Ramo

        Era uma vez um pequeno ramo. O pequeno ramo estava no topo de uma montanha. A montanha mais bela e alta da floresta, do lado da casa de um jardineiro trabalhador. O pequeno ramo era feliz com seus outros amigos ramos ali. Então o tempo foi passando, e a chuva caía, e o sol nascia. E todos os ramos começaram a crescer. Os amigos do pequeno ramo, agora já não eram mais ramos, e sim, botões de flor. O pequeno ramo ficou feliz pelos amigos, e resolveu parar seu trabalho de crescimento para observá-los. Então se passou mais um tempo e os amigos do pequeno ramo já viraram canteiros de rosa. E nada do pequeno ramo crescer. Mas dessa vez, o pequeno ramo não ficou feliz pelos amigos. Ele ficou triste. Ficou triste e chateado porque seus amigos estavam crescendo e ficando mais bonitos do que ele, simples mato amarelado. Os amigos do pequeno ramo já eram grandes arbustos e o pequeno ramo estava tão triste de ver seus amigos tão grandes, que ele resolveu ser a praga que estragava a beleza dos grandes arbustos florais. Agora, os arbustos deixaram cair sementes, que se multiplicaram, e que formaram um jardim. E cada vez mais, o pequeno ramo tentava estragar a beleza do jardim, se alastrando por todo o gramado.

        Chegou um dia que ele ficou tão triste, mas tão triste por causa dos amigos, que resolveu se transformar em uma verdadeira praga parasita, e começou a influenciar os amigos a deixar de produzir aquelas flores tão belas, para que fossem apenas simples arbustos, e o lugar iria ficar mais bonito. – “Simplicidade, meus colegas, simplicidade.” Ele os enganava. Alguns caíam em sua conversa, outros não. Até que um dia veio o jardineiro daquele lugar, com a filha pequena. A menina adorou as roseiras. Mas ela notou que havia um matinho chato as enforcando. Então pediu para o pai arrancar o que estava estragando o trabalho tão bonito do tempo, e da natureza, com seu coração todo mole pelas rosas. Então o pequeno ramo foi arrancado. E só o que sobrou dele, foram suas folhas secas imundas, que o jardineiro recolheu, feliz por ter se livrado de uma praga inconveniente, e causado um sorriso a mais no rosto da pequena filha.

(Autoria desconhecida)

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