Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.

Aula 8 - As três revelações: Moisés, Jesus e o Espiritismo *

Ciclo 2 - História:  As três grandes revelações  -  Atividade: ESE - Cap.21-2- Missão dos Profetas

Ciclo 3 - História: Quem tem Jesus no coração  -  Atividade: ESE - Cap.1-5- A nova era

Mocidade - História: A dissertação inacabada - Atividade: 2 - Dinâmica de grupo:  As três revelações e as suas conexões.

 

Dinâmicas: As três revelaçõesRevelação

Mensagens Espíritas: Revelação Espírita

 

Leitura da Bíblia: Provérbios – Capítulo 29


29.18 Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei!


 

Hebreus - Capítulo 3


3.1   Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus,


3.2   o qual é fiel àquele que o constituiu, como também o era Moisés em toda a casa de Deus.


3.3   Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu.


3.4   Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus.


3.5   E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas;


3.6   Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.


 

Tópicos a serem abordados:

- A palavra ''revelar'' significa fazer conhecer uma coisa secreta ou desconhecida. Revelar, derivado da palavra véu (do latim velum), significa literalmente sair de sob o véu (pano). 

- As leis de Deus estão escritas na nossa consciência , mas foram esquecidas e menosprezadas por nós. Para que a suas leis fossem relembradas, Deus enviou em todos os tempos homens com a missão de revelá-las (1).

- A revelação é sempre feita por homens chamados de profetas ou messias. O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade.

- Todas as religiões tiveram seus reveladores, e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, revelavam a verdade de acordo com o seu grau de entendimento do povo da sua época.

- Pode-se considerar que a humanidade recebeu três grandes revelações: 1º Moisés trouxe a missão da justiça; 2º Jesus trouxe o Evangelho, revelação insuperável do amor; 3º e o Espiritismo trouxe a sublime tarefa da verdade.

-  No entanto, deve-se diferenciar os dez mandamentos (leis de Deus) revelados mediunicamente pelo profeta Moisés, das outras leis transitórias (leis dos homens) que ele também estabeleceu, para conter um povo difícil e indisciplinado.  

-  Jesus, o Messias divino, recebeu a palavra diretamente de Deus. Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus trazida por Moisés; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. O Espiritismo diz igualmente: ''Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la''. Ele desenvolve, completa e explica, em termos claros para todo mundo, o que havia sido dito de forma alegórica (simbólica) por Jesus.

- Na época de Moisés, Deus era visto como um ser vingativo e ciumento, que ordena o massacre e o extermínio do povo (Deuteronômio 28: 15- 28). Jesus veio mostrar que Deus é soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa o pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras. Deus não deve ser temido, mas deve ser amado. O Espiritismo nos revela que não podemos ainda compreender Deus, mas podemos conhecer  as suas características: Ele é eterno,  é único,  imutável, é imaterial, é todo-poderoso, é justo e bom (2). 

- Os Judeus tinham o costume de queimar alguns animais e oferecer a Deus (prática conhecida por holocausto), como um gesto de homenagem e uma forma de pedir perdão pelos pecados (Levítico 1:1-9, 4:27-31). Jesus veio mostrar que o sacrifício mais agradável  a Deus é a reconciliação com seu irmão (Mateus 5:23-25). O Espiritismo nos explica que, quando Jesus disse para reconciliar-se o mais depressa com o seu adversário, não é somente para acabar com as brigas durante a existência atual, mas evitar que elas continuem nas existências futuras (3).

- Antigamente, a mulher que cometesse adultério (traição) era apedrejada (Levítico 20:10). Jesus perdoou a mulher adultera e disse para aqueles que queriam apedrejá-la: ''atire a primeira pedra quem não tiver pecado'' (João 8:7). O Espiritismo confirma que não devemos retirar a vida de ninguém e nos explica que a justiça é Deus que aplica. Nós somos punidos pelo que pecamos, nesta ou em outra vida (4). 

-    Os Judeus consideram que comer carne de porco, camelo ou coelho, por exemplo, e não seguir práticas exteriores, como lavar as mãos, os tornavam impuros (Levítico 11: 1-46). Jesus veio mostrar que não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas é o que sai da boca é o que torna o homem impuro, pois é do coração que provém os maus pensamentos (Lucas 11: 37 -40). O Espiritismo nos esclarece que todo mau pensamento é resultado da imperfeição da alma. E que aquele que não possui o mal pensamento, já alcançou a evolução, que todos um dia irão atingir (5).   

- Segundo a lei dos Judeus não se podia trabalhar em dia de Sábado (Levítico 23:3-4 / Exemplo: Números: 15:32-36). Jesus  fazia questão de realizar curas em dia de sábado, para ter a ocasião de protestar contra o rigorismo dos fariseus quanto à guarda desse dia. E se justifica dizendo: ''Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também'' (João 5:17). O Espiritismo confirma a importância de trabalhar pelo bem das pessoas (prática da caridade), em qualquer momento, e nos explica como é possível realizar as curas que Jesus fazia, segundo as leis da natureza (6).   

-  Jesus disse: '' Meu reino não é deste mundo''(João 18:36). Ele acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte. O Espiritismo confirma a sobrevivência da alma após a morte e os Espíritos nos fazem uma descrição detalhada da vida futura , mostrando se são felizes ou infelizes, conforme a justiça de Deus (7).

- Jesus disse também: '' Há muitas moradas na casa de meu Pai'' (João 14:2).  O Espiritismo acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa o espaço e que todos os mundos são habitados. Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está na Terra e por que sofre temporariamente.  Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências sucessivas (pela reencarnação), até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus (8).

- Os homens receberão sempre as revelações divinas de conformidade com a sua posição evolutiva. Nem tudo foi revelado aos homens, pois para compreender certas coisas o homem precisa de faculdades que ainda não possui.

- Para que possamos lembrar das leis de Deus que nos foram reveladas e colocá-las em prática é importante participar das aulas de evangelização infantil.

 

Comentários (1): L.E. Questões 621 e 622 A.K. (2): L.E. Questão 13. A.K. (3): E.S.E. Cap. 10. Itens 5 a 8. A. K. (4): L.E. Questão 764. A. K. (5): E.S.E. Cap. 8. Itens 5 a 10. A. K. (6): E.S.E. Cap. 19. Item 12. A. K. (7): ESE. Cap. 2. Itens 1 a 3. A. K. (8): E.S.E. Cap. 3. Itens 1,2 e 5. A.K. 

 

Perguntas para fixação: 

1. Qual é o significado da palavra revelação?

2. Qual é o nome dado aqueles que recebem a revelação dos ensinamentos divinos?

3. Qual Espírito recebeu a revelação diretamente de Deus?

4. Quais foram as três grandes revelações?

5. O Espiritismo veio para destruir os ensinamentos trazidos por Moisés e Jesus?

6. Por que toda verdade não foi revelada desde o princípio?

7. A doutrina espírita foi revelada por uma única pessoa?

8. Por que é importante frequentar a Evangelização Infantil?

    

Subsídio para o Evangelizador:

            Definamos primeiro o sentido da palavra revelação. Revelar, derivado da palavra véu (do latim velum), significa literalmente sair de sob o véu – e, figuradamente, descobrir, dar a conhecer uma coisa secreta ou desconhecida.

            A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade. Revelar um segredo é tornar conhecido um fato; se é falso, já não é um fato e, por conseqüência, não existe revelação. Toda revelação desmentida por fatos deixa de o ser, se for atribuída a Deus. Não podendo Deus mentir, nem se enganar, ela não pode emanar dele: deve ser considerada como produto de uma opinião pessoal.

            No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe dão Deus ou seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela inspiração. Neste caso, a revelação é sempre feita a homens predispostos, designados sob o nome de profetas ou messias, isto é, enviados ou missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens. (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

             Qual o caráter do verdadeiro profeta?

            O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade.” (O Livro dos Espíritos. Questão 624. Allan Kardec).

            Toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra (2 Timóteo 3:16).

            Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

            As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem  entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus  mensageiros e missionários. A história da China, da Pérsia, do Egito, da Índia, dos árabes, dos israelitas, dos celtas, dos gregos e dos romanos está alumiada pela luz dos seus poderosos emissários.

            Até à palavra simples e pura do Cristo, a Humanidade terrestre viveu etapas gradativas de conhecimento e de possibilidades, na senda das revelações espirituais. Os milênios, com as suas experiências consecutivas e dolorosas, prepararam os caminhos  d’Aquele que vinha, não somente com a sua palavra, mas, principalmente, com a sua exemplificação salvadora. ( A caminho da luz. Cap. 9. As grandes religiões do passado. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).

            Haverá revelações diretas de Deus aos homens? É uma questão que não ousaríamos resolver, nem afirmativamente, nem negativamente, de maneira absoluta. O fato não é radicalmente impossível, porém, nada nos dá dele prova certa. O que não padece dúvida é que os Espíritos mais próximos de Deus pela perfeição (1) se imbuem do seu pensamento e podem transmiti-lo. Quanto aos reveladores encarnados, segundo a ordem hierárquica a que pertencem e o grau a que chegaram de saber, esses podem tirar dos seus próprios conhecimentos as instruções que ministram, ou recebê-las de Espíritos mais elevados, mesmo dos mensageiros diretos de Deus, os quais, falando em nome de Deus, têm sido às vezes tomados pelo próprio Deus.

            As instruções podem ser transmitidas por diversos meios: pela simples inspiração, pela audição da palavra, pela visibilidade dos Espíritos instrutores, nas visões e aparições, quer em sonho, quer em estado de vigília, do que há muitos exemplos na Bíblia, no Evangelho e nos livros sagrados de todos os povos.

            É, pois, rigorosamente exato dizer-se que quase todos os reveladores são médiuns inspirados, audientes ou videntes. Daí,entretanto, não se deve concluir que todos os médiuns sejam reveladores, nem, ainda menos, intermediários diretos da Divindade ou dos seus mensageiros.(...) Sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que há muitos que se apresentam sob falsas aparências, o que levou S. João a dizer: “Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.”(1João 4:4).

            O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus. É assim que a lei do Decálogo (os dez mandamentos) tem todos os caracteres de sua origem, enquanto que as outras leis mosaicas, fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal e política do legislador hebreu (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

            Até agora, a Humanidade da era cristã recebeu a grande Revelação em três aspectos essenciais (2): Moisés trouxe a missão da Justiça (1ª revelação); o Evangelho, a revelação insuperável do Amor (2ª revelação), e o Espiritismo em sua feição de Cristianismo redivivo, traz, por sua vez, a sublime tarefa da Verdade (3ª revelação). No centro das três revelações encontra-se Jesus-Cristo, como o fundamento de toda a luz e de toda a sabedoria. ( O Consolador. Questão 271. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier). 

            Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra.

            O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana, acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.

            A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista inteiramente novo sob que considera ele a Divindade. Esta já não é o Deus terrível, ciumento, vingativo, de Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a terra com o sangue humano, que ordena o massacre e o extermínio dos povos, sem excetuar as mulheres, as crianças e os velhos, e que castiga aqueles que poupam as vítimas; mas, um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras.

            Entretanto, o Cristo acrescenta: “Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém, enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as coisas e vo-las explicará todas.

            Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria. (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

            O Espiritismo vem, no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo: o Espírito de Verdade preside à sua instituição, chama os homens à observância da lei e ensina todas as coisas em fazendo compreender o que o Cristo não disse senão por parábolas. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 6. Item 4. Allan Kardec).

            Da mesma forma que o Cristo disse: '' Eu não vim destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento'', o Espiritismo diz igualmente: '' Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la. Ele não ensina nada de contrário ao que o Cristo ensinou, mas desenvolve, completa e explica, em termos claros para todo o mundo, o que não foi dito senão sob a forma alegórica. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 1. Item 7. Allan Kardec). 

            O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é conseqüência direta da sua doutrina. À ideia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consistência, uma realidade à idéia. Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte. Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus. Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências sucessivas, até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus. Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir, em virtude do seu livre arbítrio; que todas são da mesma essência e que não há entre elas diferença, senão quanto ao progresso realizado; que todas têm o mesmo destino e alcançarão a mesma meta, mais ou menos rapidamente, pelo trabalho e boa vontade. (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

            Por que a verdade não foi sempre posta ao alcance de toda gente?

            Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. Jamais permitiu Deus que o homem recebesse comunicações tão completas e instrutivas como as que hoje lhe são dadas. (...) Não há nenhum sistema antigo de filosofia, nenhuma tradição, nenhuma religião, que seja desprezível, pois em tudo há germens de grandes verdades que, se bem pareçam contraditórias entre si, dispersas que se acham em meio de acessórios sem fundamento, facilmente coordenáveis se vos apresentam, graças à explicação que o Espiritismo dá de uma imensidade de coisas que até agora se vos afiguraram sem razão alguma e cuja realidade está hoje irrecusavelmente demonstrada. (O Livro dos Espíritos. Questão 628. Allan Kardec).

            A verdade, meu amigo, é uma dessas abstrações para as quais tende o Espírito humano incessantemente, sem jamais poder atingi-la. É preciso que ele tenda para ela, é uma das condições do progresso, mas, pela simples razão da imperfeição de sua natureza, ele não poderia alcançá-la. Seguindo a direção que segue a verdade em sua marcha ascendente, o Espírito humano está na via providencial, mas não lhe é dado ver o seu termo.

            Compreender-me-ás melhor quando souberes que a verdade é, como o tempo, dividida em duas partes, pelo momento inapreciável que se chama o presente, a saber: o passado e o futuro.

            Assim, há duas verdades: a verdade relativa e a verdade absoluta; a verdade relativa é o que é; a verdade absoluta é o que deveria ser.

            Ora, como o que deveria ser sobe por graus até a perfeição absoluta, que é Deus, segue-se que, para os seres criados e seguindo a rota ascensional do progresso, não há senão verdades relativas.

            Mas, do fato de uma verdade relativa não ser imutável, não se segue que seja menos sagrada para o ser criado.

            Vossas leis, vossos costumes, vossas instituições são essencialmente perfectíveis e, por isto mesmo, imperfeitas; mas suas imperfeições não vos liberam do respeito que lhes deveis. Não é permitido adiantar-se ao tempo e fazer leis fora das leis sociais. A Humanidade é um ser coletivo que deve marchar, se não em seu conjunto, ao menos por grupos, para o progresso do futuro.

            Aquele que se destaca da sociedade humana para avançar como criança perdida, sofre sempre na vossa Terra a pena devida à sua impaciência. Deixai aos iniciadores inspirados pelo Espírito de Verdade, o cuidado de proclamar as leis do futuro, submetendo-se à do presente. Deixai a Deus, que mede vossos progressos pelos esforços que tendes feito para vos tornardes melhores, o cuidado de escolher o momento que julgar útil para uma nova transição, mas jamais vos esquiveis a uma lei senão quando for derrogada.

            Porque o Espiritismo foi revelado entre vós, não creiais num cataclismo das instituições sociais; até agora ele tem realizado uma obra subterrânea e inconsciente para aqueles que foram os seus instrumentos. Hoje que ele vem à tona e surge à luz, nem por isso a marcha do progresso deve ser de lenta regularidade.

            Desconfiai dos Espíritos impacientes, que vos impelem para as sendas perigosas do desconhecido. A eternidade que vos é prometida deve levar-vos a ter piedade das ambições tão efêmeras da vida. Sede reservados até em suspeitar, muitas vezes, da voz dos Espíritos que se manifestam.

            Lembrais-vos disto: O Espírito humano inova-se e se agita sob a influência de três causas, que são: a  reflexão , a   inspiração   e a   revelação . A reflexão é a riqueza de vossas lembranças, que agitais voluntariamente. Nela, o homem encontra o que lhe é rigorosamente útil, para satisfazer às necessidades de uma posição estacionária. A inspiração é a influência dos Espíritos extraterrestres, que se misturam mais ou menos às vossas próprias reflexões para vos compelir ao progresso; é a intromissão do melhor na insuficiência da passagem, uma força nova que se junta a uma força adquirida, para vos levar mais longe que o presente, a prova irrecusável de uma causa oculta que vos impulsiona para frente, e sem a qual permaneceríeis estacionários. Porque é regra física e moral que o efeito não poderia ser maior que sua causa, e quando isto acontece, como no progresso social, é que uma causa ignorada, não percebida, juntou-se à causa primeira de vosso impulso. A revelação é a mais elevada das forças que agitam o Espírito do homem, porque vem de Deus e só se manifesta por sua vontade expressa; ela é rara, por vezes mesmo inapreciável, algumas vezes evidente para o que a experimenta a ponto de sentir-se involuntariamente tomado de santo respeito. Repito, ela é rara e dada ordinariamente como recompensa à fé sincera, ao coração devotado; mas não tomeis como revelação tudo quanto vos pode ser dado como tal. O homem se vangloria da amizade dos grandes, os Espíritos exibem uma permissão especial de Deus, que muitas vezes lhes falta. Algumas vezes fazem promessas que Deus não ratifica, porque só ele sabe o que é e o que não é preciso. (Revista Espírita. Maio de 1865. Dissertações Espíritas - A verdade. Espírito Pascal/Allan Kardec)

           O Espiritismo é a terceira  revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários.   (O Evangelho Segundo o Espiritismo.  Cap. 1. Item 6. Allan Kardec)

            Foi essa unanimidade que pôs por terra todos  os sistemas parciais que surgiram na origem do Espiritismo, quando cada um explicava à sua maneira os fenômenos, e antes que se conhecessem as leis que regem as relações entre o mundo visível e o mundo invisível. (...) Essa a base em que nos apoiamos, quando formulamos um princípio da doutrina.  

            (...) Não será à opinião de um homem que se aliarão os outros, mas à voz unânime  dos   Espíritos; não será um homem, nem nós, nem qualquer outro que fundará a ortodoxia espírita; tampouco será um Espírito que se venha impor a quem quer que seja: será a universalidade dos  Espíritos que se comunicam em toda a Terra, por ordem de Deus. Esse o caráter essencial da Doutrina espírita; essa a sua força, a sua autoridade. Quis Deus que a sua lei assentasse em base inamovível e por isso não lhe deu por fundamento a cabeça frágil de um só. (O Evangelho Segundo o Espiritismo.  Introdução. 2- Autoridade da Doutrina Espírita. Allan Kardec)

            Além disso, convém notar que em parte alguma o ensino espírita foi dado integralmente. (...) A revelação fez-se assim parcialmente em diversos lugares e por uma multidão de intermediários e é dessa maneira que prossegue ainda, pois que nem tudo foi revelado. Cada centro encontra nos outros centros o complemento do que obtém, e foi o conjunto, a coordenação de todos os sistemas parciais que constituíram a Doutrina Espírita. (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

          O Espiritismo é a lei de Deus. É a lei de Moisés aplicada à época atual. Quando Moisés deu a lei aos filhos de Israel, a fez tal qual Deus lha dera , e Deus a tornou própria aos homens daquele tempo. Depois os homens progrediram; melhoraram em todos os sentidos; progrediram em ciência e em moralidade. Hoje cada um sabe conduzir-se; cada um sabe o que deve ao seu Criador, a seu próximo, a si mesmo. Hoje, pois, é necessário alargar as bases do ensino. O que a lei de Moisés vos ensinou já não basta para fazer avançar a Humanidade, e Deus não quer que fiqueis sempre no mesmo ponto, pois o que  era  bom há 5.000 anos já não o é hoje. Quando quereis que vossos filhos progridam, e dar-lhes uma educação um pouco mais forte, vós os mandais sempre à mesma escola, onde só aprenderiam as mesmas coisas? Não. Vós os mandais a uma escola superior. Então, meus amigos! São chegados os tempos em que Deus quer que alargueis o quadro de vossos conhecimentos. O próprio Cristo, embora tenha feito a lei mosaica dar um passo, não disse tudo, pois não teria sido compreendido, mas lançou sementes que deveriam ser recolhidas e postas em proveito das gerações futuras. Em sua bondade infinita, hoje Deus vos envia o Espiritismo, cujas bases estão, inteiras, na lei bíblica e na lei evangélica, para vos elevar e ensinar a vos amardes uns aos outros. Sim, meus amigos, a missão do Espiritismo é extinguir todos os ódios de homem a homem, de nação a nação. É a aurora da fraternidade universal que se levanta. Só com o Espiritismo podereis chegar a uma paz geral e durável.

        (...)o Espiritismo é uma nova revelação, compreendei o alcance desta palavra em toda a sua acepção. É uma revelação, pois vos desvela uma nova força da Natureza, que não suspeitáveis, e contudo, é tão antiga quanto o mundo. Era conhecida dos homens de escol de nossa história religiosa, na época de Moisés, e foi por ela que recebestes os primeiros ensinamentos sobre os deveres do homem para com o seu Criador, mas ele deu apenas aquilo que  era   compatível com os homens daquela época.

        (...)A religião israelita foi a primeira que emitiu aos olhos dos homens a ideia de um Deus espiritual. Até então os homens adoravam: uns o Sol, outros a Lua; aqui o fogo, ali os animais, mas a ideia de Deus não  era   representada em parte alguma em sua essência espiritual e imaterial.

         Chegou Moisés. Trazia uma lei nova, que derrubava todas as ideias recebidas antes dessa época. Tinha que lutar contra os sacerdotes egípcios, que entretinham os povos na mais absoluta ignorância, na mais abjeta escravidão. Os sacerdotes, que desse estado de coisas tiravam um poder ilimitado, não podiam ver sem pavor a propagação de uma fé nova, que vinha destruir os andaimes de seu poder e ameaçava derrubá-los. Essa fé trazia consigo a luz, a inteligência e a liberdade de pensar. Era uma revolução social e moral. Assim, os adeptos dessa fé, recrutados entre todas as classes do Egito, e não só entre os descendentes de Jacob, como erroneamente foi dito,   eram perseguidos, acuados, submetidos aos mais duros vexames, e por fim expulsos do país, pois infestavam a população com ideias subversivas e antissociais. É sempre assim, toda a vez que um progresso surge no horizonte e explode sobre a Humanidade. As mesmas perseguições e o mesmo tratamento acompanham os inovadores que lançam sobre o solo da nova geração os germes fecundos do progresso e da moral. Porque toda inovação progressiva, acarretando a destruição de certos abusos, tem, necessariamente, por inimigos todos quantos estão interessados na manutenção desses abusos.

         Mas Deus todo poderoso, que conduz com sabedoria infinita os acontecimentos de onde deve surgir o progresso, inspirou Moisés. Deu-lhe um poder que nenhum homem tinha tido, e pela radiação desse poder, cujos efeitos tocavam os olhos mais incrédulos, Moisés adquiriu uma imensa influência sobre uma população que, confiando cegamente em seu destino, realizou um desses milagres cuja impressão deveria perpetuar-se de geração em geração, como imperecível lembrança do poder de Deus e de seu profeta.

        A passagem do Mar Vermelho foi o primeiro ato da libertação desse povo. Mas faltava educá-los. Era necessário domar pela força do raciocínio e por milagres por vezes renovados;   era   preciso inculcar-lhes a fé e a moral;   era   necessário ensinar a pôr a força e a confiança em um Deus criador, ser infinito, imaterial, infinitamente bom e infinitamente justo. Os quarenta anos de provações passadas no deserto, em meio a privações, a sofrimentos, a vicissitudes de toda sorte; os exemplos de insubordinação tão severamente reprimidos por uma justiça providencial, tudo isso contribuiu para desenvolver nele a fé nesse Ser todo-poderoso, cuja mão benfeitora experimentava a cada dia, como também a mão severa  que pune aquele que o desafia.

         No Monte Sinai deu-se essa primeira revelação, esse brilhante mistério que espantou o mundo, subjugou-o e espalhou pela Terra os primeiros benefícios de uma moral que libertava o Espírito das garras da carne e de um despotismo embrutecedor; que colocava o homem acima da esfera dos animais, dele fazendo um ser superior, capaz de elevar-se, pelo progresso, à suprema inteligência.

         Os primeiros passos desse povo que havia confiado seu destino ao homem de Deus foram entravados pelas guerras cujo efeito devia ser o germe fecundo de uma renovação social entre as populações que ele combatia. O judaísmo tornava-se o foco da luz, da inteligência e da liberdade, e irradiava um brilho notável sobre todas as nações vizinhas, provocando-lhes ódio e hostilidade. Este resultado imediato estava nos desígnios de Deus, sem o que o progresso teria sido muito lento. Ao mesmo tempo que essas guerras fecundavam os germes do progresso,   eram um ensinamento para os Judeus, cuja fé reanimavam.

        Esse povo, libertado de um outro povo, e que se havia confiado sem reflexão ao poder de um homem que o havia espantado por um poder miraculoso; esse povo tinha uma missão. Era um povo predestinado.
Não é sem razão que foi dito que ele cumpria uma missão de que não se dava conta, nem ele nem os outros povos. Ele ia às cegas, executando sem compreender os desígnios da Providência. Essa árida missão foi cheia de fel e de amargor. Seus apóstolos sofreram todas as injúrias possíveis. Foram perseguidos, aprisionados, lapidados e dispersos, e por toda parte traziam consigo essa fé viva e inteligente; essa confiança em seu Deus, cujo poder haviam medido, cuja bondade haviam experimentado e cujas provas, que deveriam trazer para a Humanidade os benefícios da civilização, eles aceitavam.

         Eis aí esses apóstolos obscuros, escarnecidos, desprezados. Eis aí os primeiros pioneiros da liberdade. Eles sofreram muito desde a sua saída do Egito até os nossos dias?

.       Não tardará a soar para eles a hora da sua reabilitação. Um dia, que não está distante, saudará esses primeiros soldados da civilização moderna com reconhecimento e veneração, e será feita justiça aos descendentes dessas antigas famílias que inquebrantáveis em sua fé, levaram-na como dote a todas as nações onde Deus permitiu que fossem dispersados.

         Quando Jesus Cristo apareceu,   era   ainda um enviado de Deus. Era um novo astro que aparecia na Terra, como Moisés, cuja missão retomava, para continuá-la, desenvolvê-la e adequá-la ao progresso realizado. Ele próprio estava destinado a sofrer essa morte ignominiosa, cujas vias os   judeus haviam preparado, criando as circunstâncias, e cujo crime foi cometido pelos romanos. Deixai, porém, de considerar a História dos povos e dos homens como a haveis considera do até hoje. Em vosso orgulho, imaginais que foram eles que trouxeram os acontecimentos que transformam a face do mundo, e esqueceis que há um Deus no Universo, que rege essa admirável harmonia a cujas leis vos submeteis julgando que vós mesmos as impondes. Olhai pois a História da Humanidade de um ponto mais alto. Abarcai um horizonte mais vasto e notai que tudo segue um sistema único. A lei do progresso a cada século, e não a cada dia, vos leva a dar um passo.

       Jesus Cristo foi, pois, a segunda fase, a segunda revelação, e seus ensinamentos levaram dezoito séculos para se espalharem, para se vulgarizarem. Julgai por aí quanto é lento o progresso e o que deveriam ser os homens, quando Moisés trouxe ao mundo admirado a ideia de um Deus todo poderoso, infinito e imaterial, cujo poder se tornava visível para esse povo, para quem sua missão trouxe tantos espinhos e tantas dificuldades. O progresso, portanto, não se realiza sem sofrimento. É à sua custa; é por seus sofrimentos e por suas cruéis vicissitudes que a Humanidade apreende o objetivo de seu destino e o poder daquele pelo qual deve existir.

        Assim, o Cristianismo foi o resultado da segunda revelação. Mas essa doutrina, cuja sublime moral o Cristo havia trazido e desenvolvido, foi compreendida em sua admirável simplicidade? E como é praticada pela maioria dos que a professam? Jamais a desviaram de seu objetivo? Jamais dela abusaram, para que servisse de instrumento ao despotismo, à ambição, à cupidez? Numa palavra, todos os que se dizem cristãos vivem segundo os ditamos de seu fundador? Não. Por isso também eles deviam passar pelo alambique da infelicidade, que tudo purifica. A História do Cristianismo é muito recente para contar todas as peripécias; mas, enfim, o objetivo está prestes a ser atingido, e a nova aurora vai surgir. Por meios diferentes, ela vai fazer-vos marchar a passo mais rápido nesse caminho, onde levastes seis mil anos para chegar.
          O Espiritismo é a chegada de uma   era   que verá realizar-se esta revolução nas ideias dos povos. Ele destruirá essas prevenções incompreensíveis, esses preconceitos sem causa que acompanharam e seguem os   judeus em sua longa e penosa peregrinação. Compreender-se-á que eles tenham sido submetidos a um destino providencial, do qual eles foram os instrumentos, bem como aqueles que os perseguiam com seu ódio   eram impelidos pelo mesmo poder, cujos secretos desígnios deviam realizar-se por meios misteriosos e ignorados.

       Sim. O Espiritismo é a terceira revelação. Revela-se a uma geração de homens mais adiantados, de mais nobres aspirações, generosas e humanitárias que devem concorrer para a fraternidade universal. Eis o novo objetivo assinalado por Deus para os vossos esforços. Mas esse resultado, como os já atingidos até agora, não serão obtidos sem dores e sem sofrimentos. Que aqueles que têm coragem de ser seus apóstolos se ergam, levantem a voz, falem alto e claro, exponham sua doutrina, ataquem os abusos e mostrem o seu objetivo. Esse objetivo não é uma brilhante miragem que procurais em vão. Esse objetivo é real, e atingi-lo-eis no momento marcado por Deus. Talvez esteja distante, mas lá está, determinado. Não temais. Ide, apóstolos do progresso. Marchai com audácia, com a fronte erguida e o coração resignado. Tendes por sustentáculo uma doutrina pura, isenta de qualquer mistério, que apela às mais belas virtudes da alma e oferece essa certeza consoladora de que a alma não morre nunca, pois sobrevive à morte e aos suplícios. (Revista Espírita. Setembro de 1861. Dissertações e ensinos espíritas - Um Espírito israelita a seus correligionários. Edouard Pereyre/ Allan Kardec)

           Quando dizemos que não há mistérios no Espiritismo, não queremos dizer que não haja mistérios no mundo. Realmente, o Espiritismo procura explicar o Universo através da razão humana, de maneira compreensível. Mas há coisas que estão além da razão, como, por exemplo, o problema do início das coisas. Os próprios Espíritos, interpelados a respeito, responderam a Kardec que não estavam em condições de esclarecer o problema. Não obstante, adiantaram: "O véu se levanta para o homem à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, faltam-lhe faculdades que ele ainda não possui." Quando Kardec pergunta: "Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus", os Espíritos lhe respondem: "Não; falta-lhe um sentido para isso."" (O infinito e o finito. Cap. 18. J. Herculano Pires)

         Eis as perguntas e o que os Espíritos Superiores responderam:

         É dado ao homem conhecer o princípio das coisas?

         Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo. (O Livro dos Espíritos. Questão 17. Allan Kardec)

           Penetrará o homem um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?

          O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas, para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que ainda não possui.( O Livro dos Espíritos. Questão 18. Allan Kardec).

 Observação (1): Jesus recebeu a palavra diretamente de Deus, com a missão de revelá-la aos homens (Obras póstumas. Item 8. O verbo se fez carne. Allan Kardec).      

Observação (2): A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância. Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio a pessoa alguma; ninguém, por conseqüência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala; (...)Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação . (Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec).

        

Bibliografia:

O Evangelho Segundo o Espiritismo. Introdução/ Cap. 1. Item 6 e 7/Cap. 6. item 4. Allan Kardec.

- Revista Espírita. Setembro de 1861. Dissertações e ensinos espíritas - Um Espírito israelita a seus correligionários. Edouard Pereyre/ Allan Kardec

- Revista Espírita. Maio de 1865. Dissertações Espíritas - A verdade. Espírito Pascal/ Allan Kardec.

- Revista Espírita. Setembro de 1867. Caráter da revelação Espírita. Allan Kardec.

-  O Livro dos Espíritos. Questões 17, 18, 624 e 628. Allan Kardec.

- Obras póstumas. Item 8. O verbo se fez carne. Allan Kardec.

-   A caminho da luz. Cap. 9. As grandes religiões do passado. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

- O Consolador. Questão 271. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

- O infinito e o finito. Cap. 18. J. Herculano Pires.

- Bíblia: 2 Timóteo 3:16, 1João 4:4

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